Consulado classifica brasileiros que pedem vistos, como ?bons?, ?maus? e ?feios?

Por Gazeta Admininstrator

O site Wikileaks vazou classificações de comunicação interna do Consulado dos Estados Unidos em São Paulo. Brasileiros que pedem visto de trabalho temporário para os Estados Unidos foram classificados de “bons”, “maus” ou “feios”.

“Brasil teve um aumento dramático em pedidos de visto temporário para
trabalho (categoria H2B) no ano passado. Os solicitantes de São Paulo geralmente se encaixam em três categorias”, diz o texto, para em seguida descrever cada uma.

Na categoria “bons” estão “jovens educados para trabalhar em resorts, estações de esqui e cassinos por vários meses para ganhar algum dinheiro”.

Este grupo, diz o despacho, é formado principalmente de jovens de famílias de classe média que querem ganhar dinheiro e melhorar o inglês. Entre os “maus”, estão parentes e amigos de brasileiros que vivem nos Estados Unidos e “procuram trabalhos de jardineiros, em lavanderias, mercados de peixe e outros pequenos negócios”, principalmente no noroeste do país.

Estes imigrantes representam “grande risco”, já que, de acordo com o texto, muitos dos que conseguiram trabalhos anteriormente não retornaram.
Já os imigrantes descritos como “feios” são, segundo o texto, aqueles que pagam US$ 3 mil ou mais a corretores para conseguir um emprego e uma chance de ficar nos EUA. “O terceiro grupo é formado principalmente por pessoas pobres, desesperadas que pedem dinheiro emprestado para pagar taxas escandalosamente altas aos corretores.”

O documento interno, assinado pelo ex-cônsul-geral dos EUA em São Paulo, Christopher J. McMullen, diz que de janeiro a novembro de 2005, o consulado entrevistou 1.515 candidatos ao visto de trabalho temporário e rejeitou 49% deles– um aumento de quase 200% em relação aos vistos negados no mesmo período do ano anterior.

Na sessão sob o título “comentários”, o texto afirma que o consulado queria poder emitir mais vistos para os casos dos “maus”. “Muitas vezes, porém, temos casos como uma empresa de limpeza de Massachusetts, cujos beneficiários do ano anterior desapareceram na imensa população brasileira ilegal de Massachusetts.”

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