Contágio do coronavírus no Brasil é o maior entre 48 países, aponta pesquisa

Por Gazeta News

People wearing face masks as a preventive measure against the spread of the new coronavirus, COVID-19, are seen in downtown Sao Paulo, Brazil on March 16, 2020. - The Sao Paulo stock exchange closed down 13.9 percent Monday and the Brazilian real closed below five to the dollar for the first time ever in further fallout from the coronavirus pandemic. (Photo by NELSON ALMEIDA / AFP)
[caption id="attachment_198150" align="alignleft" width="329"] Centro de São Paulo - epicentro da COVID-19 no BR. Foto: NELSON ALMEIDA / AFP)[/caption] A taxa de contaminação por coronavírus no Brasil é de 2,8 – a maior entre 48 países analisados pelo Imperial College de Londres. Isso significa que cada pessoa contaminadas pelo Sars-Cov-2 no Brasil infecta quase três pessoas – ou, a cada 10, 28 são contaminadas. O país com a menor taxa de transmissão é a Grécia, com 0,44. Os novos números da Covid-19 no Brasil, divulgados na quarta-feira, 29, pelo Ministério da Saúde, colocam o Brasil como o 2ª país do mundo com mais novos casos da doença e o 4º com mais novas mortes, considerando as últimas 24 horas. De acordo com a pasta, o Brasil teve entre terça, 28, e quarta, 29, 449 mortes em decorrência da Covid-19 e 6.276 novos casos. GOVERNO DO BRASIL AMPLIA RESTRIÇÃO PARA A ENTRADA DE ESTRANGEIROS Até a manhã desta quinta-feira, 30, o país registrava 5.513 mortes provocadas pela Covid-19 e 79.685 casos confirmados da doença em todo o país, de acordo com dados das Secretarias Estaduais de Saúde.  Contaminação mais rápida O indicador aponta que a transmissão do coronavírus no Brasil ocorre de forma mais rápida do que os outros países analisados – o que pode levar a mais casos que precisem de atenção médica e à superlotação de leitos hospitalares –, e traz a projeção de que, nesta semana, O Brasil poderá ter uma média de mais 5 mil mortes por Covid-19, o que pode elevar o total a 10 mil óbitos. A análise de dados do Imperial College aponta que, nesta semana, o Brasil poderá registrar mais de 5.680 mortes por Covid-19 – somando aos dados já existentes, poderia-se chegar a mais de 10 mil óbitos por coronavírus. O número é uma média encontrada entre o mínimo de mortes que poderão ocorrer (2.360, segundo o Imperial College) e o máximo de mortes previstas (9.770). Além do Brasil, os Estados Unidos também apresentam essa tendência de escalada no número de mortes – são os únicos dois países nesta situação, ente os 48 analisados. Nos EUA, a projeção é ainda pior: 13.900 mortes são esperadas para esta semana, segundo o Imperial College.

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Para fazer estes cálculos (taxa de transmissão e projeção de mortes), o Imperial College usa os números oficiais de mortes registradas em cada país. De acordo com o Imperial College, o Brasil está entre os nove países que apresentam tendência de crescimento na pandemia. Os outros oito países são: Canadá, Índia, Irlanda, México, Paquistão, Peru, Polônia e Rússia. Em Nova York, quando a taxa de contágio aumentou, foram adotadas mais medidas de restrição de circulação. No Brasil, autoridades discutem a retomada das atividades. Segundo especialistas, a análise do fim do isolamento precisa considerar ao menos 5 preceitos, de acordo com cada macrorregião, que são: número de leitos de UTI; quedas sucessivas no número de mortes por 14 dias; baixa taxa de contágio; disponibilidade de equipamentos de proteção para a saúde e testes; e um sistema de monitoramento para verificar se a transmissão está aumentando. Um estudo do Observatório Covid-19 BR, que reúne físicos de sete universidades e monitora a progressão da pandemia no país, aponta que o ritmo de transmissão do coronavírus no Brasil continua alto e constante, enquanto na Itália vem caindo – atualmente, o país está entre os 10 com menores taxas de transmissão, de acordo com o Imperial College. Para ler a pesquisa, clique aqui. Com informações da BBC News.