Contas externas têm segundo maior superávit da história

Por Gazeta Admininstrator

O Brasil registrou em setembro o segundo maior superávit na conta de transações correntes. No mês passado, essa conta teve um saldo positivo de US$ 2,380 bilhões, perdendo apenas para julho deste ano (US$ 2,592 bilhões). Essa conta representa as principais transações do país com o exterior na área comercial e na contratação de serviços e transferências de renda.

Colaborou para esse resultado, mais uma vez, a balança comercial, que teve um superávit de US$ 4,329 bilhões. Já a conta de serviços e rendas teve um déficit de US$ 2,246. As transferências unilaterais colaboraram com um saldo positivo US$ 298 milhões.

No ano, o superávit de transações correntes acumulado é de US$ 11,062 bilhões. Em 2004, foi de US$ 11,738 bilhões. Para este ano, o Bc prevê que essa conta feche com um saldo positivo de US$ 9,4 bilhões e, para o ano que vem, revisou de US$ 500 milhões para US$ 700 milhões.

Já o balanço de pagamentos, que reflete as movimentações de recursos feitas com o exterior, encerrou setembro com um saldo positivo de US$ 2,548 bilhões. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o superávit é de US$ 7,123 bilhões.

O balanço inclui o resultado das transações correntes mais a conta capital e financeira (que representam as operações financeiras do país com o exterior) e o ingresso de investimentos estrangeiros.

Já os investimentos estrangeiros no país vieram bem abaixo do esperado. No mês passado, o BC tinha projetado uma entrada de US$ 300 milhões em investimentos. No entanto, eles somaram apenas US$ 43 milhões. No ano acumulado do ano, os investimentos somam US$ 11,787 bilhões.

Esses investimentos são importantes para sustentar a retomada do crescimento econômico. Eles ajudam a ampliar a capacidade das empresas de ofertarem bens e serviços. Com maior capacidade de produção, cai o risco de a inflação sair do controle.

Dívida

A dívida externa total projetada para julho era de US$ 181,608 bilhões, contra US$ 191,309 bilhões em junho. O volume de julho é o mais baixo desde dezembro de 1996, quando estava em US$ 173 bilhões.

A redução ocorreu devido ao pagamento antecipado de US$ 4,956 bilhões ao FMI (Fundo Monetário Internacional). Além disso, houve o pagamento de títulos que somaram US$ 2,5 bilhões (Euro 05 e Global 05).