Continua a proibição a Airbnb em Miami Beach

Por Gazeta News

Regalado prefeito de Miami Beach. Foto Miami Herald
[caption id="attachment_139490" align="alignleft" width="320"] Prefeito de Miami Beach continua luta contra o site Airbnb. Foto: Miami Herald.[/caption]

Em mais um round na luta que trava desde o ano passado com o Airbnb - site de aluguéis de curta temporada -, o prefeito de Miami Beach, Tomás Regalado, disse na Câmara Municipal na última quinta-feira, 9, aos vereadores, que quer que a cidade "reprima os proprietários que alugam casas e apartamentos a turistas por meio da página".

Segundo, ele, "Os lobistas caros da Airbnb vão nos dizer que podemos fazer algum acordo e que essas pessoas (hóspedes) são boas para os negócios ", frisou Regalado, que argumenta que aluguéis diários impõem um incômodo nos bairros tranquilos da cidade. "Não há nada para negociar", sentenciou.

Atualmente, em áreas residenciais da cidade, os aluguéis diário e semanal são ilegais por ferirem o código de zoneamento de Miami, de acordo com uma determinação de 2015. A ilha impõe a lei em uma base de queixas, enviadas oficialmente através de denúncias feitas por moradores no 311, informando sobre problemas com os vizinhos.

Desde março de 2016, proprietários e sites de aluguel por temporada foram multados em cifras que vão de US$ 20 mil a US$ 80 mil, de acordo com o jornal "Miami New Times". Dezoito multas foram "para empresas que anunciaram aluguéis de curto período, como Airbnb, HomeAway e Booking.com", segundo o texto. Ainda hoje, há "centenas" de investigações sobre "milhares de apartamentos anunciados.

Aliás, o endurecimento das medidas contra a prática começou em março de 2016, quando a cidade aumentou de US$ 100 para US$ 20 mil o valor da multa para o aluguel por curta temporada.

Ainda no ano passado, a polícia chegou a desalojar turistas que estavam se hospedando em 31 propriedades que foram multadas, de acordo com um memorando de 17 de agosto assinado pelo administrador municipal, Jimmy Morales, e divulgado recentemente.

De acordo informações do Miami Herald sobre os dados da Airbnb, cerca de 2.300 pessoas na cidade foram anfitriões ativos na plataforma de compartilhamento de casas em 2016. Esses usuários foram responsáveis ??por hospedar cerca de 140.300 turistas - que visitaram a cidade entre fevereiro do ano passado e fevereiro de 2017, permanecendo em média quatro dias.

Regalado, que recentemente mudou a legislação para reforçar a proibição de Miami para aluguéis de curto prazo em bairros residenciais e regulamentar estritamente os negócios em outros lugares, acredita que a solução está em focar a fiscalização aos hóspedes do Airbnb. O prefeito propôs, inclusive, uma resolução que garantiria a cidade "vigorosamente" reforçar suas leis de zoneamento.

Por outro lado, a Airbnb garante que não quer tratamento diferenciado. Tom Martinelli, chefe de política pública da empresa na Flórida, disse que a empresa e seus anfitriões estão abertos a discutir regulamentos que sejam justos para todos, incluindo os vizinhos. Martinelli disse que a Airbnb discutiu possíveis leis com autoridades de Miami, mas não propôs nada específico.

Com informações do Miami Herald.