Contra favoritismo do Brasil, Parreira cria

Por Gazeta Admininstrator

Preocupado com o "oba-oba" e a euforia criados pelo favoritismo brasileiro para a Copa-2006, o técnico Carlos Alberto Parreira quer criar uma espécie de "blindagem" para os jogadores.

"Se absorvermos todo esse favoritismo, certamente será prejudicial para a equipe. Faremos um trabalho de blindagem total a esses comentários, para não pegarmos um caminho errado na Copa", disse Parreira.

"Temos que esquecer isso tudo dentro de campo para que não sejamos influenciados negativamente", continuou.

Tentando desviar o foco, o treinador fez elogios a várias seleções que disputarão o Mundial e disse que vê a Alemanha como o grande rival a ser batido por todos.

"A Inglaterra tem seu melhor time desde 1966, a França tem um time com ótimos jogadores, além de seleções tradicionais como Itália, Holanda e Argentina. Mas o grande rival a ser batido por todos será a Alemanha", disse.

"A Alemanha, ao lado do Brasil, foi o país que mais disputou finais de Copas do Mundo. E, jogando em casa, a vejo como a grande favorita. É muito difícil para um país como o Brasil vencer uma Copa disputada na Europa", comentou Parreira.

O técnico também comentou sobre a má fase por que Cafu e Dida passam no Milan (ITA), mas afirmou que ainda assim a experiência de ambos na seleção é muito importante.

"Na seleção não analisamos apenas um jogo, e sim uma média de jogos. Dida é titular do Milan há três anos, e ninguém consegue isso sem méritos. O Cafu continua sendo titular e capitão. Eles têm muita experiência, e não podemos jogar isso pela janela", disse.

"O mesmo aconteceu com o Taffarel e o Branco antes da Copa de 1994. Mas a experiência deles pesou nos momentos decisivos", finalizou.