A maior rede de lojas dos EUA, a Wal-Mart, chegou a um acordo de 11 milhões de dólares para encerrar a investigação das autoridades sobre a contratação de imigrantes ilegais.
Segundo o acordo, empresas que prestavam serviço para a Wal-Mart contrataram imigrantes sabendo que eram ilegais e violaram assim as leis de imigração do país.
No entanto, o acordo ressalta que a Wal-Mart não sabia que os imigrantes eram ilegais.
O acordo põe fim a quatro anos de investigações do Departamento de Justiça, que causaram a detenção de cerca de 250 funcionários ilegais.
A Wal-Mart afirmou que não tinha formas de identificar quando uma empresa prestadora de serviço não cumpria as leis de imigração.
O secretário assistente de vigilância de imigração e alfândegas do Departamento de Segurança Nacional, Michael Garcia, comemorou a decisão:
"Este caso abre um precedente novo não só porque é um valor recorde para um caso de imigração, mas também porque este acordo requer que a Wal-Mart crie um programa interno para assegurar o cumprimento das leis de imigração", assegurou Garcia.
A Wal-Mart emprega 1,4 milhão de pessoas no mundo todo e obtém da China boa parte dos artigos de consumo que vende a preços muito baixos.
Além do caso resolvido, a Wal-Mart enfrenta uma série de denúncias por suas práticas trabalhistas. Em junho começa o julgamento das acusações contra a empresa de obrigar 200 mil empregados da Califórnia a trabalhar sem tempo para comer e sem intervalos para descanso.
Em 24 de fevereiro, um júri determinou que a empresa deverá pagar 7,5 milhões de dólares a um ex-funcionário, que tem problemas mentais, por discriminação no trabalho.
A Wal-Mart também foi acusada de empregar menores em tarefas de alto risco, de discriminar as mulheres e de impedir a organização sindical de seus trabalhadores.