Conversa histórica entre Cuba e EUA começa com discussões sobre imigração

Por Gazeta News

fidel castro

O primeiro tema tratado pela conversa histórica entre os Estados Unidos e Cuba foi um dos mais delicados: a imigração. No primeiro dia de reunião, no dia 21, os americanos defenderam continuar dando proteção especial a cubanos que chegam aos Estados Unidos, enquanto oficiais cubanos criticaram a política, dizendo que tal prática encoraja médicos a deixarem a ilha.

A conversa continuou no dia seguinte, quando os dois lados discutiram a restauração dos laços diplomáticos entre os dois países.

Embora os dois lados tenham descrito a reunião como pacífica e colaborativa, eles expuseram grandes diferenças em relação à imigração.

Além dos 20 mil cubanos que conseguem vistos todos os anos, outros 25 mil chegaram sem vistos em 2014 e foram bem-vindos aos EUA por causa da Lei de Ajustamento Cubano.

Mesmo com a negativa de Havana, os americanos disseram estar dispostos a continuar com a política “Pé Molhado/Pé Seco” (Wed Food/ Dry Foot), na qual os cubanos que são pegos por autoridades americanas no mar são devolvidos à ilha, enquanto aqueles que conseguem pisar em solo americano conseguem a permissão de permanecer nos Estados Unidos. Cuba opõe-se à política, dizendo que ela promove a imigração ilegal, tráfico de seres humanos e perigosas viagens através do Estreito da Flórida em embarcações frágeis.

Os Estados Unidos interceptaram 3.722 cubanos no mar em 2014, quase o dobro do número em relação a 2012.

“Explicamos ao governo cubano que o nosso governo está completamente empenhado em defender a Lei de Ajuste Cubano, que o conjunto de políticas relacionadas à imigração, coloquialmente conhecidas como ‘pé molhado/pé seco’ permanecerá em vigor”, disse o oficial do Departamento de Estado, Alex Lee, que liderou a equipe dos EUA nas negociações de imigração.

Josefina Vidal, o chefe da equipe de Cuba, disse que a política viola um acordo bilateral para promover a imigração segura, legal e ordenada. Cuba opõe-se à lei, dizendo que promove a imigração, tráfico de seres humanos ilegais e perigosas viagens através do Estreito da Flórida em embarcações frágeis. Os Estados Unidos interceptou 3.722 cubanos no mar em 2014, quase o dobro do número a partir de 2012.

“Explicamos ao governo cubano que o nosso governo está completamente empenhada em defender a Lei de Ajuste Cubano, que os conjuntos de políticas relacionadas com a migração que são coloquialmente conhecido como pé molhado/ pé seco muito permanecerá em vigor”, disse o Departamento de Estado oficial Alex Lee, que liderou a equipe dos EUA nas negociações de imigração. Josefina Vidal, chefe da equipe de Cuba, disse que a política viola um acordo bilateral para promover a imigração segura, legal e ordenada. Ela também atacou o Cuban Medical Professional Parole Program, que incentiva os médicos cubanos e enfermeiros que trabalham em outros países a desertarem para os Estados Unidos.

Fidel Castro apoia reaproximação entre os países

Mais de um mês após o anúncio da reaproximação diplomática entre os Estados Unidos e Cuba, o ex-presidente cubano Fidel Castro fez seu primeiro comentário sobre o assunto.

Em carta escrita para uma entidade estudantil e lida na Universidade de Havana, Fidel manifestou apoio às negociações, embora tenha ressaltado que não confia na política norte-americana.

“Não tenho trocado nenhuma palavra com eles (norte-americanos), mas não rejeito uma solução pacífica para o conflito”, disse o líder cubano. “Nós sempre defenderemos a cooperação e a amizade com todas as pessoas do mundo, incluindo nossos adversários políticos”.

A carta de Fidel também foi publicada no jornal estatal “Granma”. EUA e Cuba anunciaram o retorno das relações diplomáticas em 17 de dezembro. As informações são da “Associated Press” e “Reuters”.