Copiloto teria derrubado avião de propósito, diz promotor

Por Gazeta News

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O copiloto do avião da Germanwings, que caiu nos Alpes franceses no último dia 24, foi identificado como sendo o alemão Andreas Lubitz, de 28 anos. Segundo a Promotoria da França, as suspeitas são de que Lubitz teria derrubado a aeronave propositalmente . Ele não estava em nenhuma lista de suspeitos de terrorismo.

De acordo com o promotor de Marselha, Brice Robin, os registros de áudio do avião mostram que o piloto deixou a cabine e que o copiloto se recusou a reabrir a porta. Disse ainda que Lubitz estava respirando normalmente até o momento em que a aeronave bateu nas montanhas.

Ele também afirmou que o copiloto acionou o mecanismo de descida do avião de maneira voluntária quando estava sozinho na cabine. Os pilotos podem sair temporariamente da cabine em certos momentos e certas circunstâncias, como quando a aeronave está em velocidade de cruzeiro, segundo a lei de aviação alemã. As portas da cabine podem ser abertas pelo lado de fora com um código, de acordo com os regulamentos adotados após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA, mas o código pode ser cancelado de dentro da cabine. O CEO da Lufthansa disse que ou o piloto inseriu o código incorretamente ou o copiloto o anulou.

Não houve alerta de emergência vindo do avião, segundo Robin. Descrevendo as gravações de áudio de uma das caixas-pretas do avião, o promoter Robin afirmou que a maioria dos passageiros não teria estado ciente sobre a queda do avião até o último momento. Cento e cinquenta pessoas morreram no acidente.

A Germanwings declarou que 72 alemães morreram na colisão. Autoridades espanholas falaram em 51 espanhóis entre as vítimas. Além destes, havia três norte-americanos, um marroquino e cidadãos de Grã-Bretanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Colômbia, Dinamarca, Israel, Japão, México, Irã e Holanda, segundo as autoridades. Os exames de DNA para identificá-las podem levar semanas, disse o governo francês.

Copiloto

Lubitz se tornou copiloto da Lufthansa, dona da Germanwings, em setembro de 2013 e tinha 630 horas de voo de experiência, informou a companhia à “AFP”.

Segundo um repórter da revista alemã "Spiegel", fontes próximas ao copiloto disseram que ele teria tido uma depressão ligada ao esgotamento profissional em 2009, conhecida como síndrome de burnout.

De acordo com o jornal inglês "The Guardian", Lubitz era descrito por vizinhos como uma pessoa amigável e que perseguia seus sonhos "com vigor".

Na cidade de Montabaur, um conhecido do copiloto disse à “AP” que ele não mostrava sinais de depressão quando o viu no último outono, enquanto ele renovava sua licença para pilotar planadores em um clube local.

“Ele estava feliz por ter o emprego na Germanwings e estava indo bem”, disse um membro do clube, Peter Ruecker. Ele descreveu Lubitz como um homem “um pouco reservado”, mas "muito amigável", e disse que não viu nenhuma indicação de que algo estivesse errado com ele.

Ruecker disse que o copiloto tinha uma namorada, mas afirmou não ter detalhes sobre sua vida pessoal.

Com informações da "Reuters".