Copiloto que teria derrubado avião já havia sido tratado por tendências suicidas

Por Gazeta News

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O alemão Andreas Lubitz, de 28 anos, copiloto que teria derrubado propositalmente o avião da Germanwings nos Alpes Franceses, no dia 24, já havia feito tratamento por conta de problemas psiquiátricos que envolvem tendências suicidas, antes de tirar licença para pilotar. A informação foi dada pela promotoria de Düsseldorf.

A imprensa alemã já havia divulgado que Lubitz sofria de transtornos psiquiátricos. Duas mulheres ouvidas pelo "Bild" e pelo "Daily Mail", que seriam a noiva do copiloto e uma ex-amante, afirmaram que ele tinha um comportamento errático. O jornal "Le Parisien" afirmou também que ele foi tratado por tendências de ansiedade aguda.

De acordo com o "New York Times", o copiloto ainda teria um problema de visão que poderia impedir o prosseguimento de sua carreira. O fato poderia ter desencadeado novas crises psicossomáticas.

O acidente Segundo a Promotoria da França, as suspeitas são de que Lubitz teria derrubado a aeronave propositalmente, após o piloto, Patrick Sonderheimer, deixar a cabine, provavelmente para ir ao banheiro.

Transcrições da caixa-preta de voz mostram o piloto gritando desesperadamente para que Lubitz abrisse a porta da cabine. A gravação registra um forte golpe, como se alguém tentasse abrir com um chute a porta da cabine, e a voz do capitão gritando: "Pelo amor de deus, abre a porta!", com gritos dos passageiros ao fundo.

Quando o avião ainda estava a sete mil metros de altura, a gravação registrou "ruídos metálicos fortes contra a porta da cabina" como se ela estivesse sendo golpeada. Noventa segundos depois, com o Airbus a cinco mil metros de altitude, um segundo alarme é ativado, e é possível ouvir o piloto gritar: "Abra essa maldita porta!". Quando o relógio marca 10h38m, ainda a cerca de quatro mil metros de altura, é possível ouvir a respiração do copiloto, que não diz nada. Às 10h40m, o aparelho toca a montanha com a asa direita e, de novo, são ouvidos gritos dos passageiros. Foram os últimos sons registrados pela caixa-preta.

Mortes

Os trabalhos de resgates dos restos mortais dos 150 passageiros que morreram no acidente ainda estão em andamento. A Germanwings declarou que os corpos estão fragmentados em função da velocidade da aeronave do impacto, a mais de 600 km/h. A maioria dos passageiros era formada por alemães e espanhóis. Além destes, havia três norte-americanos, um marroquino e cidadãos de Grã-Bretanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Colômbia, Dinamarca, Israel, Japão, México, Irã e Holanda, segundo as autoridades. Com informações do jornal “O Globo”.