Coreia do Norte afirma que míssil lançado é capaz de atingir EUA

[caption id="attachment_157960" align="alignleft" width="345"] Anúncio sobre o lançamento na TV estatal. Foto: Kim Hong-Ji/ Reuters.[/caption]

Em continuação à “disputa armamentista” entre Coreia do Norte e Estados Unidos, a emissora de TV norte-coreana, KCTV, anunciou nesta quarta-feira, 29, que o projétil lançado pelo paíshá apenas um dia é um novo modelo do míssil balístico intercontinental (ICBM), batizado de Hwasong-15, e tem capacidade de alcançar "todo o território dos Estados Unidos".

Desde setembro o governo norte-coreano vem realizando testes balísticos e este da terça-feira, 28, disparado na terça no Mar de Japão, veio depois que o presidente Donald Trumpafimou que a Coreia de Norte apoia o terrorismo e por isso está na lista de países que, segundo Washington, permite a imposição de novas sanções.

A Coreia do Norte se descreveu como uma "potência nuclear responsável", afirmando que suas armas estratégicas foram desenvolvidas para defender o país "da política de chantagem e da ameaça nuclear dos imperialistas dos EUA".

O míssil voou mais de 900 km alcançando mais de 4.000 km de altitude e caindo próximo ao Japão, o que representa a máxima altura atingida até o momento por um projétil norte-coreano e indica um novo e perigoso avanço para o programa de armas do regime.

A TV Estatal transmitiu em tom solene o "bem-sucedido" lançamento que "Kim Jong-un autorizou e testemunhou pessoalmente", e que foi o primeiro de Pyongyang após dois meses e meio. "Após assistir ao lançamento com sucesso do novo modelo de ICBM Hwasong-15, Kim Jong Un declarou com orgulho que agora finalmente realizamos a grande causa histórica de completar a força nuclear do Estado, a causa de construir uma potência de mísseis", disse, em comunicado lido na TV.

Em resposta ao lançamento, os Estados Unidos, Japão e a Coreia do Sul pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. A Coreia do Sul realizou também um lançamento de míssil de "ataque de precisão", segundo os militares citados pela Yonhap, sem precisar qual o alvo.

Com informações da Reuters.