Corpo de estudante morta em parque de diversões é enterrado no Rio

Por Gazeta News

Alessandra Aguilar morreu ao ser atingida por um carrinho que se soltou de um brinquedo.

Segundo os responsáveis pelo cemitério de Inhaúma, no subúrbio do Rio, pelo menos 150 pessoas acompanharam o enterro da jovem Alessandra Aguilar, de 17 anos, na manhã do dia 15. A família e amigos da Escola municipal Antônio Houaiss, onde Alessandra cursava o 2º ano do Ensino Médio, choravam muito e lembravam que a amiga tinha como grande sonho ir para o México e ser professora de espanhol.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, o objetivo agora é descobrir de quem é a responsabilidade pelo acidente, quando, por volta das 3h do dia 14, um carrinho se soltou de um brinquedo e caiu do alto, atingindo várias pessoas. Ainda segundo a polícia, o parque tem autorização do Corpo de Bombeiros para funcionar. Somente o laudo da perícia vai dizer o que causou a queda do carrinho. Alessandra, segundo a polícia, não estava no brinquedo. Ela foi atingida no chão.

O pai da jovem contou que ela foi atingida quando estava na bilheteria. "Ela só estava comprando o ingresso para brincar. É a falta de manutenção e fiscalização, o montante disso tudo. É uma pena que minha filha seja só uma estatística. Amanhã esse parque sai de lá e vai para outro lugar".

Alessandra teria sido a terceira vítima do Glória Center Parque de Diversões. O jovem Diogo Melo de Paiva, de 23 anos, morreu em junho quando operava um brinquedo em Paty do Alferes, na região sul fluminense.

Segundo a família de Diogo, um dos carrinhos do brinquedo despencou e atingiu a cabeça do rapaz, que teve traumatismo craniano. Ele trabalhava havia seis anos como operador no Glória Center sem carteira assinada.

Para abafar o caso, segundo parentes de Diogo, a administração do parque ofereceu dinheiro para a esposa do rapaz.

A delegada Adriana Belém, titular da Delegacia do Recreio dos Bandeirantes (32ª DP), além de Alessandra e Diogo, o adolescente Robson Costa, de 14 anos, também teria morrido por conta das péssimas condições dos brinquedos do parque, que estava de passagem pelo bairro da Abolição, na zona norte do Rio.