O relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, que deve ser apresentado nesta quinta-feira(10), pode inocentar pelo menos 15 parlamentares por falta de provas, acredita o vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE).
Segundo ele, os 90 parlamentares notificados por suposta participação no esquema de compra superfaturada de ambulâncias com recursos do Orçamento foram divididos em três grupos. No primeiro, há 50 parlamentares contra os quais há provas “contundentes”. No segundo, são 25, com provas de “menor grau”. Contra os 15 restantes, não haveria provas. Para o deputado, os nomes dos parlamentares dos dois primeiros grupos devem ser encaminhados ao Conselho de Ética.
Nesta terça-feira (8), o presidente da CPMI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse que o total de parlamentares acusados giraria em torno de 70. Os números definitivos serão divulgados no relatório do senador Amir Lando (PMDB-RO). Jungmann disse que a comissão está entrando em contato com presidentes e líderes de partidos para garantir quorum para a leitura do relatório.
O sub-relator para sistematização, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), disse que ficou até quatro horas da manhã trabalhando no documento.
Agência Brasil
