Crédito nos EUA para vítimas de terrorismo foi desviado

Por Gazeta Admininstrator

A maior parte das empresas beneficiadas pelos empréstimos concedidos pelo governo dos Estados Unidos depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 não sofreu nenhum dano por causa das ações extremistas e não sabia que estava recebendo assistência governamental por terrorismo, revelou uma investigação interna.

O resultado foi divulgado no fim da noite de quarta-feira em Washington. O inspetor-geral da Administração de Pequenas Empresas informou que 85% das instituições que liberaram bilhões de dólares em empréstimos não apresentaram documentos que comprovassem que os beneficiários das linhas de crédito haviam sido afetados pelos atentados de 11 de setembro de 2001 contra os EUA.

O gabinete do inspetor-geral, encarregado das investigações internas, concluiu que apenas nove beneficiários dos empréstimos, de um total de 59 entrevistados, poderiam se qualificar para as condições especiais de crédito por conseqüência dos atentados. O relatório indicou que os funcionários da Administração de Pequenas Empresas disseram a seus clientes que não seriam questionados sobre como o dinheiro seria distribuído.

Reportagem da Associated Press descobriu que os empréstimos para a recuperação dos efeitos dos atentados de 11 de setembro de 2001 foram concedidas a empresas sediadas muito longe dos locais atacados, como uma estação de rádio na longínqua Dakota do Sul, uma perfumaria nas Ilhas Virgens, uma loja de animais em Utah e a mais de uma centenas de franquias das redes Dunkin´ Donuts e Subway estabelecidas em diversas partes dos EUA.

Em contrapartida, pequenas empresas situadas nas proximidades do World Trade Center, em Nova York, não conseguiram obter os empréstimos emergenciais, dos quais necessitavam desesperadamente.