Cresce doação de órgãos, mas rejeição de famílias ainda é alta

Por Gazeta News

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O número de doações e transplantes de órgãos em 2014, no Brasil, cresceu 3% em relação ano anterior, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Segundo a entidade, foram 7.898 órgãos doados no ano passado, 3% a mais que em 2013.

A taxa de doadores também subiu de 13,5 por milhão de pessoas para 14,2 por milhão, no entanto, ficou abaixo da meta proposta pela associação para 2014, que era de 15 por milhão.

Além disso, o índice está longe da alcançar o objetivo de 20 doadores por milhão pessoas até 2017. Para se ter ideia, na Espanha, considerado o país que mais registra transplantes, a taxa é de 37 por milhão.

De acordo com Lucio Pacheco, presidente da ABTO, a má distribuição das equipes que realizam transplantes pelo Brasil pode ser uma das respostas desta dificuldade, com uma concentração desse tipo de mão de obra no Sul e Sudeste e quase nenhum ou nenhum no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Outro problema, segundo a associação, que dificulta a realização dos transplantes, é a falta de autorização da família para a cirurgia. Medida pela chamada “taxa de negativa familiar”, o índice em 2014 ficou em 46%, apenas 1% menor que em 2013.

Em alguns estados, o percentual de famílias que não aceitam que um parente doe seus órgãos é ainda maior. Em Goiás, por exemplo, o valor salta para 82%. Em Sergipe, para 78% e no Acre 73%. As informações são do “G1”.