Nesta edição do Gazeta, contamos sobre várias tragédias, notícias tristes que vemos em manchetes diariamente. Mas algo que me chamou atenção em relação às notícias dessa semana foi a quantidade de tragédias envolvendo crianças.
Um menino de dois anos se afogou e se recupera no hospital; duas meninas de 12 anos que, tentando agradar um personagem da internet, esfaquearam outra colega da mesma idade; a busca da polícia por um homem que esfaqueou duas crianças, de 6 e 7 anos, matando uma delas... Uma série de tragédias que nos leva a longas reflexões.
Um caso em especial envolvendo crianças e jovens que me surpreendeu é dos desacompanhados pegos atravessando a fronteira entre México e Estados Unidos sozinhos. Segundo a reportagem, houve um aumento de 90% no número de jovens presos nas fronteiras, com especial atenção a meninas e menores de 13 anos.
Ouvir a história de qualquer pessoa que tenha passado pela experiência de atravessar a fronteira já é angustiante. Agora, imagine uma criança!
Peguei-me pensando em cada uma dessas crianças, qual o sentimento que cada uma delas tem. Qual a sensação de estar no deserto, cansado, sozinho, correndo risco não só de vida, mas de sofrer vários tipos de abuso e ainda ser uma criança? Seja pela vontade de ficar com os pais nos Estados Unidos ou pelo desespero com a violência em seus países de origem na América Central, a atitude de atravessar a fronteira - ou de estar tão vulnerável a ponto de milhares virarem vítimas de tráfico humano –, como disse o presidente Barack Obama, trata-se de uma crise humanitária.
E a história das duas crianças esfaqueadas em um elevador de um prédio onde moravam? A cena é digna de qualquer filme de terror: elas estão brincando no playground com adultos as vigiando e resolvem ir buscar um sorvete em casa. Quando entram no elevador, são apunhaladas por um estranho, que está sendo procurado.
Um entrevistado disse a um jornal americano apenas: “Eles são crianças!” No fundo, é isso que cada um pensa ao se deparar com notícias como essas.
Outro caso dos citados anteriormente é o das duas jovens que esfaquearam a colega, todas elas com apenas 12 anos. Presas, as duas, que eram “melhores amigas” da vítima, que está sendo tratada em um hospital, disseram que fizeram isso por um personagem criado por um site com seres sobrenaturais.
Toda vez que vejo esse tipo de violência envolvendo jovens e armas ou esses crimes horrorosos, não consigo parar de pensar no imaginário de quem joga tanto videogame com tiros, sangue espirrando para todo o lado... Embora não seja uma explicação, no mundo explorado por muitos jovens dessa geração, muitos atos, que para nós são assustadores, são normais, algo que não justifica o ato, mas o imaginário.
Mais um caso, do menino que se afogou e foi salvo a tempo, deve servir de alerta a todos os pais que vivam perto da água ou piscina, principalmente no verão.
Por falar em verão, esta semana lembramos a todos também sobre o início da temporada de furacões. É hora de se preparar e ficar alerta.