Crianças Desafiadoras: o que fazer?

Por Gazeta Admininstrator

Por: Karina Lapa

O que é e como se manifesta

How To Win Back Your Ex ma>O transtorno de oposição e desafio (TOD) pode ser definido como um padrão persistente de comportamentos negativistas, hostis, desafiadores e desobedientes observados nas interações sociais da criança com adultos e figuras de autoridade de uma forma geral, sejam pais, tios, avós ou professores. As crianças com TOD facilmente perdem a paciência, discutem com os adultos, desafiam e recusam obedecer a solicitações ou regras, incomodam deliberadamente os outros, não assumem os seus erros e estão quase sempre irritadas.

Devido aos sintomas mencionados, existe nestas crianças ou adolescentes um prejuízo significativo no funcionamento social e acadêmico. Estão constantemente envolvidas em discussões e são muitas vezes rejeitadas pelos colegas de escola, o que lhes traz problemas ao nível da auto-estima. Os sintomas iniciam-se antes dos oito anos de idade e esta perturbação apresenta-se, em número significativo de casos, como um precursor do transtorno de conduta, forma mais grave de perturbação disruptiva do comportamento. É comum que crianças com transtorno de hiperatividade e défice de atenção (ADHD, ou em português a THDA) apresentem também outros problemas.

A importância das regras

Russell Barkley, um dos mais conceituados especialistas na área da hiperatividade, considera que o comportamento de oposição se encontra associado ao transtorno de hiperatividade, sendo este o responsável pelas dificuldades da criança na regulação das emoções. Por outro lado, as famílias de hiperativos parecem ter elas próprias dificuldade em gerir as emoções, pelo que não conseguem ensinar as crianças como fazê-lo adequadamente. Estas crianças precisam, então, de ser educadas com alguma firmeza, temperada de afeto.

Segundo Barkley, sempre que os pais queiram dar uma ordem devem posicionar-se perto da criança, com voz firme, sem deixarem de ser amorosos, usando o verbo na forma imperativa. De preferência há que olhar diretamente nos olhos da criança e, se houver resistência, socorrerem-se de uma discreta pressão física (segurar-lhe no braço, por exemplo). Há que evitar retardar ou desistir de uma ordem quando esta já foi dada.

Um aspecto de enorme importância prende-se com a consistência entre o casal, ou seja, o pai e a mãe devem esforçar-se por ter a mesma atitude, caso contrário essa desarmonia será facilmente detectada pela criança e até usada para manipular os progenitores. Face a este quadro, torna-se muitas vezes necessário um acompanhamento psicológico.

A ajuda psicológica é muito importante em casos onde a desobediência e desafio se tornaram regra e forma de comunicação. Tanto os pais como as crianças podem se beneficiar ao entender como se expressar apropriadamente e como responder as necessidades dos outros. Os pais, no entanto, não devem esquecer que estão no controle dessa dinâmica familiar, que podem, e devem impor limites saudáveis. É papel dos pais ensinar e cobrar bom comportamento.

O que os pais não devem fazer:

? Dar ordens a distância - Falar de um quarto para o outro (onde está a criança) é algo completamente ineficaz pois ela irá manter-se desatenta e sem cumprir a ordem. As ordens têm de ser dadas presencialmente, assegurando-se que ela as compreendeu.

? Dar ordens vagas - Pedir a criança que se comporte "como um bom menino" não clarifica o que se espera e o que não se espera que ela faça. Há que ser o mais concreto possível!

? Dar ordens complexas - Havendo de antemão dificuldade em fixar na memória de curto prazo as atividades a fazer, solicitar a execução de várias tarefas só servirá para tornar a sua realização menos provável.

? Dar ordens com antecedência - Ordenar a uma criança com TOD que, quando acabar de brincar, tem de arrumar os brinquedos, só serve para interromper o prazer que ela está a ter, já que as ordens serão esquecidas.

? Dar ordens acompanhadas de muitas explicações - Muitos pais, de modo a evitar parecer autoritários, perdem-se em argumentações sobre as necessidades do cumprimento das ordens. Como a criança não consegue estar atenta durante muito tempo, é bastante provável que no final da explanação do progenitor ela já não se lembre da maior parte do que foi dito.

? Dar ordens sob a forma de pergunta - Perguntar "podes ir agora fazer os trabalhos de casa?" deixa um espaço livre para que a criança diga que não. As ordens devem ser claras e assertivas.

? Dar ordens em tom ameaçador ? É frequente os pais darem ordem já em tom de ameaça, como se a recusa já tivesse ocorrido. Assim, a criança vai tender a imitar o pai/mãe a reagir no mesmo tom, uma vez que o clima de hostilidade já está instalado.

As características das crianças desafiadoras:

1. Buscam o Controle - Elas fazem qualquer coisa pra obter o controle, até mesmo fazem coisas que produzem um efeito oposto ao resultado do que elas querem, pra tentar ter ou manter o controle.

2. São Sensíveis a Pistas Sociais de Comportamento - Elas são geralmente rápidas em perceber como os outros respondem, e usam ou manipulam estas respostas para sua própria vantagem.

3. São Cegas a Suas Responsabilidades Nos Problemas - Não somente elas não veem como elas afetam e/ou estão envolvidas nos problemas, como também se convencem que as outras pessoas são as que causaram os problemas.

4. Aptas a Tolerar um Alto Grau de Negatividade - Elas, de forma disfuncional, buscam altos graus de conflito, raiva e negatividade dos outros. E quase todas as vezes ganham as batalhas por saberem lidar com a negatividade escalante.

5. Inflexibilidade - Não possuem os traços necessários de comportamento que lhes permitem lidar com mudanças na sua rotina. Os pais muitas vezes pensam que seu filho está se comportando mal de propósito, ou para irritá-los, mas na verdade ele não está simplesmente sabendo como lidar com as mudanças.

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