Crônicas de amor no novo disco do Pato Fu

Por Gazeta Admininstrator

O casal Fernanda Takai e John Ulhoa voltou a se reunir com os outros músicos da banda Pato Fu (Ricardo Koctus, Xande Tamietti e Lulu Camargo), após o nascimento da filha e acaba de lançar o CD Toda Cura para Todo Mal, pela Sony-BMG. Gravado e mixado no conforto do estúdio de John, em Minas, o novo álbum foi feito sem pressa e o resultado moldou-se exatamente às vontades do grupo.

Com seu estúdio dentro de casa, John começou a acumular composições (com exceção de Sorte e Azar uma parceria, são todas de sua autoria). Nas composições, ele continuou nas pequenas crônicas, de amor, de felicidade, do cotidiano.

"Minha tentativa é que cada vez mais minhas músicas tenham um assunto, tento evitar letras genéricas."

Na canção Boa Noite Brasil, voltou a escrever uma história com início, meio e fim, estrutura essa tecnicamente mais difícil, ele afirma. Tem a única participação especial do disco, da cantora portuguesa Manuela Azevedo.

Outra característica recorrente da banda em seus CDs é brincar com os contrates, principalmente entre letra e música. O que eles voltam a experimentar em Simplicidade, uma canção singela, que fala sobre as coisas simples da vida, sobre sensações humanas, só que cantadas por um robô, o P.Pitch - na realizada, a voz de John processada.

Enquanto as letras contém a marca da banda, musicalmente, o quadro muda, com registros com mais som de banda ao vivo do que recursos eletrônicos. "No geral, o que ocorre é que se gravam primeiro todas as baterias, depois todos os baixos, e por aí vai, por causa da falta de tempo e para economizar dinheiro de estúdio", explica John. No caso atípico deste CD, o processo foi diferente: como a banda estava gravando no estúdio dele e não havia preocupação com tempo, eles gravaram uma música com todos os instrumentos, depois outra também com todos os instrumentos e assim foi.