Cuba e Venezuela acusam EUA de autoritarismo

Por Gazeta Admininstrator

Cuba juntou-se nesta segunda-feira às homenagens realizadas em todo o mundo pelo fim da Segunda Guerra Mundial, acusando os Estados Unidos de querer se converter em um "Quarto Reich". "A máquina do hitlerismo foi derrotada, mas não morreram a ideologia e a política do fascismo", disse o líder parlamentar Ricardo Alarcón, que pronunciou o principal discurso de uma cerimônia militar para lembrar a data. "O Quarto Reich será derrotado!", acrescentou.

Dirigida pelo ministro da Defesa e segundo homem no poder, Raúl Castro, o governo realizou uma cerimônia no mausoléu dedicado aos 67 soldados soviéticos mortos em Cuba ao longo das três décadas de intensa colaboração entre a ilha e a antiga União Soviética. Segundo Alarcón, "a luta contra o fascismo é hoje como ontem a primeira tarefa da humanidade".

Alarcón acusou a atual administração do líder George W. Bush de levar adiante uma política de "terrorismo de Estado" que, tal qual a Alemanha nazista, busca "impor sua hegemonia sobre todo o planeta". Para isso, acrescentou o dirigente, Washington conta com instrumentos de propaganda, poder econômico e uso de armas de destruição em massa.

"Terroristas" - Os Estados Unidos atuam como um "Estado terrorista" que invade e agride povos inteiros, denunciou nesta segunda-feira o vice-presidente da Venezuela, José Vicente Rangel. Ele destacou que o governo americano deu "proteção" ao ativista anticastrista Luis Posada Carriles, acusado de explodir um avião cubano com mais de 70 pessoas a bordo na década de 70.

Um advogado de Posada Carriles revelou no mês passado que o ativista entrou nos EUA e está em busca de asilo político no país. Posada Carriles está foragido da justiça venezuelana, pela qual foi condenado por participação no atentado. "A proteção dada neste momento a um terrorista do porte de Posada Carriles pelos Estados Unidos é a negação de todo o discurso antiterrorista" do presidente americano, George W. Bush", denunciou o vice-presidente venezuelano.

"Não podemos continuar utilizando dois pesos e duas medidas", prosseguiu Rangel. "Ou luta-se a fundo contra o terrorismo, globalmente, ou se cai na ambigüidade na qual caíram agora os Estasdos Unidos. Mas isso não envolve somente Posada Carriles, mas toda a agressão terrorista promovida por um Estado terrorista como é o Estado americano quando invade países e agride povos inteiros", acrescentou.