Cubanos são acusados de assassinato e tráfico de pessoas nos EUA

Por Gazeta Admininstrator

Autoridades norte-americanas acusaram na última sexta-feira três cubanos de assassinato não premeditado e contrabando de imigrantes em troca de dinheiro.

Rolando González Delgado, Henrich Castillo Díaz e Amil González Rodríguez enfrentam agora 68 acusações e deverão comparecer na próxima segunda-feira (31) a um tribunal de Key West, informou a Promotoria Federal do distrito sul do estado da Flórida.

Os três cubanos estão detidos desde o dia 8 de julho, quando a Guarda Costeira americana interceptou a lancha na qual viajavam junto com 31 compatriotas.

Um imigrante, Anei Machado Gonzalez, de 24 anos, morreu ao receber um golpe na cabeça quando estava na lancha, disseram as autoridades.

A Promotoria já havia apresentado outras acusações contra os três cubanos que estão sob custódia e sem direito à liberdade sob fiança.

"A acusação de hoje, incluindo assassinato não premeditado e contrabando de imigrantes para benefício financeiro resultando em morte, reflete nossa determinação em utilizar todas as ferramentas judiciais disponíveis para pôr fim ao contrabando de pessoas", disse o promotor Alex Acosta.

Se forem declarados culpados, os cubanos podem ser condenados à prisão perpétua.

Acosta afirmou que por "um pouco de dinheiro, os contrabandistas tratam os imigrantes como carga humana, com total desprezo à vida e à segurança. Neste caso, uma mulher morreu. O contrabando deve parar".

Enquanto isso, o capitão Jim Watson, da Guarda Litorânea, assegurou que não acontecerão mudanças na política de imigração americana em relação aos cubanos.

"A decisão de permitir a 28 cubanos ficar nos EUA foi assumida unicamente no interesse da justiça. Continuaremos protegendo nossas fronteiras e julgaremos a aqueles que estejam envolvidos em tentativas ilegais de entrada no nosso país", advertiu.

Uma juíza permitiu na quinta-feira que 28 cubanos sob custódia da Guarda Costeira em um navio fossem transferidos para os EUA e depois entregues a seus familiares em Miami, com a condição de que compareçam diante do tribunal para testemunhar no caso. Com a decisão, esses cubanos poderão ficar no país e depois tramitar sua residência permanente.•