Cuidando da integridade das crianças - Editorial

Por Marisa Arruda Barbosa

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Coincidentemente, esta edição trouxe à tona várias formas de se pensar na integridade das crianças, que precisam da guarda constante de adultos que se encontram ao seu redor. Geralmente, repetimos que “em briga de marido e mulher não se deve meter a colher”, mas quando isso envolve crianças, sim, deve-se se meter, independente de quem seja que presenciou algo suspeito.

Em duas matérias dessa edição vemos esta triste realidade. Uma delas é o caso da menina de 5 anos que foi levada à babá, que notou hematomas e marcas de espancamento por todo o seu corpo. Suspeita-se que os culpados tenham sido a própria mãe e o namorado, em um momento de nervosismo, provavelmente, o que colocou a criança em um destino incerto.

Outro caso é o de uma brasileira que se encontrava com a filha em um abrigo. Ela se separou do marido americano por violência doméstica e agora suspeita que ele esteja cometendo abuso sexual à filha, de três anos e nove meses. Tanto as investigações parecem não seguir bem, ou de acordo com a suspeita da mãe, que o pai conseguiu a guarda provisória da criança, que voltou várias vezes com marcas das visitas.

Infelizmente, não é incomum nos Estados Unidos que se constatem erros em escândalos recentes do Department of Children and Families. O caso mais recente foi capa da edição do dia 3, do “Miami Herald”, de uma criança que havia sido declarada “salva” por investigadores do departamento e que depois foi encontrada morta, por ser deixada no carro pela mãe, que enfrentava problemas com bebida. Vemos com isso a necessidade de ajudar essas crianças e, no segundo caso, uma mãe imigrante e que mal fala inglês, a ser ouvida e servir de “cães de guarda” para ver se as investigações estão sendo feitas.

Mas, no primeiro caso, por causa de uma suposta irresponsabilidade da mãe e um pai que também não tem condições de cuidar da criança, a menina foi colocada aos cuidados do E segue para um destino que poucos sabem e que marcará a vida dessa família para sempre.

Julho também marca o início da campanha para evitar acidentes de crianças em piscinas, lagos e no mar. Nos últimos dois anos, fatalidades incluíram filhos de brasileiros. É muito importante se prevenir ao máximo para um acidente que pode acontecer em segundos da desatenção dos adultos. Mas, mais que colocar alarmes nas portas e cerca de proteção, é usar a atenção redobrada com os filhos, principalmente quando se brinca em volta de qualquer ambiente com água.

É necessário evitar qualquer distração, como o envio de mensagens de texto e e-mails quando se vigia as crianças brincando. Esperamos, este ano, não precisar publicar matérias envolvendo acidentes desse tipo com filhos de brasileiros ou mesmo qualquer criança. Que o verão possa ser bem aproveitado com a grande quantidade de atividades e programas ao ar livre para entreter as crianças.