Os corais são ecossistemas ricos e vulneráveis em nosso planeta. Muitas espécies dependem diretamente dos corais, porém, os impactos das mudanças climáticas nas barreiras de corais têm preocupado cientistas e instituições de pesquisas em todo o mundo.
Dentre as consequências visíveis, o processo de branqueamento do coral é referente ao falecimento dos pólipos que funcionam como construtores dos recifes de coral. Os pólipos morrem a partir da destruição das zooxantelas, algas unicelulares existentes no celêntero dos pólipos. Essas algas são responsáveis pela alimentação dos pólipos por meio da fotossíntese.
A morte dos pólipos também ocorre pela diminuição do plâncton, que representa importante valor nutricional para o coral. Depois da morte dos pólipos, resta apenas o esqueleto (estrutura) de calcário que embranquece rapidamente num processo de decomposição.
Além da mudança climática, o branqueamento ocorre também por causa de variações locais de temperatura das águas marinhas. Fenômenos como o El Niño também podem causar o processo de branqueamento na área atingida pelo fenômeno.
Desastres ambientais como o derramamento de produtos químicos nos mares, baixa dos níveis de sal das águas e assoreamento de recifes também gera a morte de corais. Em 2012, pesquisas realizadas por instituições da Austrália e Arábia Saudita iniciaram um processo de mapeamento na Grande Barreira de Corais e no Mar Vermelho.
O projeto irá mapear o genoma destes ecossistemas para detectar a respeito da resiliência dos corais, o nome do projeto é Sea-quence. No Mar Vermelho, o recife sofre intensos problemas relacionados à acidificação oceânica gerada por desastres naturais, como ciclones e tempestades.
Segundo outra pesquisa realizada nas ilhas de Galápagos, considerando registrados iniciados em 1983, desde esse ano até 2012, 90% dos corais foram mortos, alguns conseguiram se recuperar, mas a maioria despareceu.
Segundo Andrew Bruckner, cientista chefe da expedição que analisou os recifes de Galápagos: “Galápagos ofereceu um laboratório de campo único para nos ajudar a entender melhor como os extremos de temperaturas e a crescente acidificação afetarão a sobrevivência e crescimento dos recifes de coral no futuro”.
Pesquisando sobre os corais e o seu processo de decomposição, será possível elaborar novas maneiras de se proteger esse ecossistema fundamental para a vida marinha e biológica do planeta e entender a proporção que as mudanças climáticas podem gerar na Terra.