David Denman conta a sua experiência em “Brightburn” - EXCLUSIVO

Por JANA NASCIMENTO NAGASE

David Denman – Eu conheço James Gunn há muito tempo e sempre fui seu fã. Queríamos trabalhar juntos, mas a oportunidade nunca tinha aparecido até o momento. Aí, recebi o roteiro no dia seguinte ao nascimento do meu filho. Eu ainda estava no hospital e meu agente ligou dizendo: "Ei, eu sei que seu filho acabou de nascer e que você não quer ler nada agora, mas tem um roteiro incrível que James está produzindo. Ele pediu pra enviar pra você especificamente. Será que você não pode achar um tempinho para lê-lo, seria ótimo.” Eu achei o tempinho e amei. Eu não consegui parar de ler. Achei bacana o conflito entre os pais que tentam criar esse filho diferente. E, o fato de Brightburn ser uma mistura de dois gêneros; realmente criando um novo gênero de terror e super-heróis. Ele não é um herói. É um super vilão. Eu nunca tinha lido nada assim: original e único. Como ator sempre procuramos por essas oportunidades, para fazer algo diferente. Jana – Você interpreta Kyle Breyers, um pai adotivo que que ama seu filho, mas está em conflito quando descobre a terrível verdade sobre ele. Como foi a sua preparação para preencher a lacuna entre você e a personagem? David – Eu sempre vou pelo caminho lógico das coisas, por exemplo: "eu não faria dessa maneira". Uma reação normal de um pai seria: "Ei! Ele está mastigando um garfo! Talvez devêssemos fazer algo sobre isso.” Mas quando você começa a desassociar e colocar muita lógica, você não tem um filme diferente. Esse foi meu maior desafio e o mais difícil. Quando assisti de novo, e tudo acontece tão rápido que não te dá a chance de pensar por muito tempo. Com esse gênero, se você manter o ritmo, você pode se safar com muitas coisas, porque qualquer filme de terror é assim: “não volte para aquela sala! Por que você está andando por aí?” Jana – Além de ser um filme sobre superpoderes com elementos de terror, também gostei da dinâmica familiar. Como foi trabalhar com Elizabeth Banks, que interpreta sua esposa, e Jackson A. Dunn, que interpreta seu filho Brandon? David – Sou um grande fã da Elizabeth Banks! Ela é uma atriz incrível. Foi muito divertido vê-la interpretando essa personagem. Foi o papel perfeito para ela, eu não a vi fazer alguém assim já a algum tempo. Quando chegamos no set de filmagens, um ponto importante deste filme é realmente precisámos criar um ambiente onde se sentisse que éramos uma família autêntica. A primeira vez que lemos o roteiro juntos, a química familiar surgiu naturalmente. Você lida com a dinâmica dos dois estilos diferentes de educação, de pais. Kyle sempre foi um pouco cético em relação a Brandon. O fato de que ele é um alienígena que encontramos na floresta provavelmente seria uma bandeira vermelha para qualquer um, mas a personagem de Liz, Tori, queria desesperadamente ter um bebê. Nós dois queríamos. Ela foi capaz de ver além disso. Ela só via esse bebê inocente e perdido que encontramos. Brandon sempre foi um menino bom, mas com as mudanças da puberdade, ele muda, e Kyle foi o único a ver esta mudança drástica e tentou compartilhar com sua esposa. No momento em que eles finalmente descobriram é tarde demais. 23Os atores Jack a. Dunn e David Denman com o diretor David Yaroveskyde.(Cortesia: Screen Gems)Jana –Como foi trabalhar com o diretor David Yarovesky? David – Foi ótimo! Gostei muito de trabalhar com ele. Para fazer um filme como este com um orçamento moderadamente baixo. Você tem que ser muito cuidadoso com o seu tempo. Muito a fazer em tão pouco tempo. Como não tínhamos um grande orçamento para colocar efeitos especiais, ele tirou proveito de cada segundo no set. Jana – Você já trabalhou com alguns dos diretores mais inovadores e ousados. Já pensou em dirigir um filme? David – Sim, tenho muita vontade de dirigir e um dia vou dirigir meu próprio filme. Mas, eu provavelmente gostaria de produzir algo antes, só para ter mais confiança. Jana – Você poderia falar o que vem por aí na sua carreira? David – Eu fiz esta série de antologia de Dolly Parton para o Netflix que sairá no outono. Eu sou um grande fã dela. Quando me pediram para fazê-la, eu agarrei a oportunidade. Basicamente, é uma antologia de suas músicas. Cada episódio é uma música diferente dela que é um pequeno filme. O episódio que estou é um faroeste. Foi uma oportunidade de estar em um cenário de faroeste. Montar a cavalo, disparar uma arma. Jana – Acho que você já respondeu muito essa pergunta hoje. Se você pudesse escolher um superpoder, qual seria? David – Eu adoraria poder voar. Acho bem bacana!