As Ilhas Cayman impuseram, na segunda-feira(20), um toque de recolher e retiraram turistas do território britânico caribenho enquanto se preparavam para os impactos do furacão Dean. Ao longo dos últimos dias, o Dean já provocou a morte de pelo menos oito pessoas no Caribe. Durante sua passagem pela Jamaica, na noite de domingo(19), o Dean arrancou árvores pela raiz e destelhou casas e deve chegar ainda hoje à Península de Yucatán, no México.
O primeiro-ministro jamaicano, Portia Simpson Miller, declarou um mês de estado de emergência e convocou uma reunião de gabinete para debater o possível impacto nas eleições gerais de 27 de agosto. Pelo menos um homem desapareceu depois que árvores caíram sobre sua casa. Autoridades exortaram moradores a deixaram as casas e procurarem lugares seguros. A polícia disse que atirou e feriu dois homens que tentavam invadir uma loja na capital durante a tempestade.
Segundo a mídia local, 17 pescadores ficaram presos na ilha de Pedro Cays, na rota do furacão. Foram feitos alertas de furacão na costa de Belize e na parte leste da península Yucatán, no caminho para o popular destino turístico de Cancún. Milhares de turistas assustados fizeram filas nos aeroportos do Caribe Mexicano antes da chegada do Dean. Dean se transformou em um “extremamente perigoso” furacão de categoria 4, a segunda mais alta da escala Saffir-Simpson. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos previu, na segunda-feira(20), que ele pode ganhar força e chegar à categoria 5, potencialmente catastrófica.
No Haiti, quatro pessoas morreram, segundo as Nações Unidas, elevando para nove o número de mortos desde a chegada do Dean ao Caribe, no primeiro furacão da temporada de 2007, que deve ser muito ativa. A empresa de análise de riscos EQECAT Inc. estima que os danos causados pelo Dean no Caribe fiquem entre 1,5 bilhão de dólares e 3 bilhões de dólares, a maior parte na Jamaica.
A empresa de petróleo mexicana Pemex retirou 13.360 trabalhadores de suas plataformas no Golfo.
A NASA determinou o retorno do ônibus espacial norte-americano Endeavour para a Terra, a partir da Estação Espacial Internacional, para que pudesse chegar antes da tempestade. A retirada do pessoal da NASA de seu centro em Houston também estava prevista.
Furacões da categoria 5 são raros, mas em 2005 foram registrados quatro, incluindo o Katrina, reforçando as pesquisas sugerindo que o aquecimento global pode aumentar a força dos ciclones tropicais.
Andy Tingler, meteorologista do National Weather Service de Miami prevê que o furacão terá “um impacto relativamente leve” em Broward, Miami-Dade e Palm Beach. Os ventos na região deverão ficar entre 20 mph e 25 mph. “O problema maior serão as correntes marítimas”, disse.

