Há quatro anos, quando o Congresso partiu para seu recesso em agosto, muitos membros provavelmente teriam preferido ficar em Washington. Os conservadores de todo o país estavam fervendo no debate sobre a reforma da saúde, proposta pelo presidente Barack Obama. As informações são da “ABC News”.
Nas reuniões da Câmara Municipal, de Tampa a St. Louis, ativistas republicanos conservadores pediam a renúncia dos funcionários eleitos enquanto eles tentavam explicar o seu apoio para o pacote da reforma da saúde. Algumas reuniões acabaram em violência entre partidários e adversários.
Dentro de poucas semanas, a reforma da imigração vai para território semelhante. Legisladores vão viajar de volta para os seus distritos e se reunirão com eleitores. Mas será que vamos ver a mesma resistência que veio a definir o debate sobre a saúde? Há três motivos que indicam que provavelmente não, pelo menos no mesmo nível:
- Obama não está no centro da questão A resistência ao “Obamacare” em 2009 era tanto contra o presidente, quanto com a lei prestes a ser aprovada. O projeto de lei foi a sua primeira grande campanha e a oposição viu isso como uma oportunidade para sufocar sua agenda. Com a imigração é diferente. Obama é a favor da reforma, mas o projeto de lei que passou no Senado foi elaborado por um grupo de quatro republicanos e quatro democratas. É um esforço bipartidário, e republicanos proeminentes, como o senador John McCain (Arizona) e Marco Rubio (Flórida) levaram a carga para passar a legislação.
- Há mais suporte para a reforma da imigração Uma pesquisa feita pela “ABC News” e “Washington Post”, realizada em agosto de 2009, constatou que menos da metade dos americanos – 45% - apoiou o plano de reforma da saúde.
Enquanto isso, a maioria dos americanos é a favor da maioria das partes da lei de imigração que passou no Senado em junho. Uma pesquisa da “ABC News” e “Washington Post” descobriu que 55% dos americanos apoiam a criação de um caminho para a cidadania para imigrantes indocumentados, e 64% apoiam um plano para adicionar mais agentes da Patrulha de Fronteiras e cercas de fronteira. Essa é uma recepção muito mais bem-vinda do que a reforma na saúde há quatro anos.
- Organização popular contra a reforma da imigração parece mais fraca A imigração não é uma grande preocupação para a maioria dos americanos. Uma pesquisa realizada em janeiro, pelo Centro de Pesquisa Pew, descobriu que “lidar com a imigração ilegal” está classificado em 17 na lista de prioridades públicas para o presidente e o Congresso. A imigração não é uma grande preocupação para a maioria dos americanos. Uma pesquisa realizada em janeiro pelo Centro de Pesquisa Pew descobriu que "lidar com a imigração ilegal", está classificado em 17 na lista de prioridades públicas para o presidente e o Congresso.
