Decepção - Linha Direta

Por Gazeta News

080519_USEconomy

As vendas no varejo nos Estados Unidos foram menores do que o esperado em junho, e reforçaram o cenário de uma recuperação ainda lenta da economia americana. Especula-se que isso pode contribuir para que o Federal Reserve mantenha os estímulos monetários inalterados por um tempo mais longo. As vendas no varejo subiram 0,4% no mês passado, impulsionadas pela demanda por automóveis e preços mais altos da gasolina. A venda de materiais de construção, entretanto, teve a maior queda em um ano, um sinal preocupante para o setor imobiliário. Varejo Uma pesquisa da “Reuters” com economistas mostra que as vendas no varejo, que respondem por cerca de 30% dos gastos do consumidor, teriam alta de 0,8%. Os dados sugerem que os gastos do consumidor, que responde por cerca de 70% da atividade econômica dos EUA, provavelmente desaceleraram em relação ao ritmo anual de 2,6% do primeiro trimestre. De hotel a clube Um número crescente de hotéis nos Estados Unidos está lançando ou expandindo iniciativas para atrair pessoas das comunidades próximas para suas instalações. Na verdade, isso reflete uma dura realidade: a falta de clientes. Para serem competitivos, hotéis de luxo vem oferecendo academias de ginástica sofisticadas, piscinas, spas e restaurantes glamorosos. Mas, muitas vezes, essas instalaçoes não são totalmente ocupadas só com hóspedes, então permitem pessoas da comunidade se afiliarem para usar as instalações como se fosse um clube. De hotel a clube II Embora as taxas de ocupação dos hotéis americanos e os preços das diárias tenham melhorado desde a crise econômica, outras receitas, principalmente de reuniões, restaurantes e serviços, como spa, golfe e lojas, ainda estariam baixas. Pelo menos é o que diz Robert Mandelbaum, diretor de pesquisas da PKF Hospitality Research. Área de trabalho

Outra coisa que os hotéis estão procurando fazer é atrair residentes da área onde estão localizados para trabalhar em seus espaços. Em vez de fazer reuniões no Starbucks do bairro, por exemplo, eles podem ir a um hotel. O Marriott International está testando um programa de “Local de Trabalho Sob Demanda”, que permite a qualquer pessoa reservar on-line salas de reuniões, mesas nos centros de negócios ou até um espaço no lobby do hotel. A propósito Enquanto a receita de hospedagem cresceu 6% em 2012 em relação ao ano anterior, as receitas com comida e bebidas subiram apenas 2,5%, segundo pesquisa da PFK com 6.500 hotéis. A receita dos restaurantes foi cerca de 26% menor em 2012 do que em 2007. Tudo OK? Depois de quatro anos de solavancos, a recuperação da economia americana parece estar num caminho menos árido. Economistas preveem que 2014 será o melhor ano de crescimento desde 2005, com a taxa de desemprego estimada abaixo de 7%, pela primeira vez desde 2008. Há vários motivos para isso, tais como a retomada das vendas no mercado imobiliário, o crescimento do setor petrolífero e os empregos, embora não abundantes, estão sendo criados em ritmo constante. Até mesmo o Federal Reserve elevou sua estimativa de expansão para 2014, com a previsão de crescimento entre 3% e 3,5%. Em março, a estimativa era entre 2,9% e 3,4%. Tudo OK? II Mas será preciso uma alta prolongada para recuperar o terreno perdido ao longo da recessão, que se estendeu de dezembro de 2007 a junho de 2009. O desemprego de longo prazo, um indicativo do estrago causado pela recessão, permanece em níveis historicamente elevados. A economia tem crescido, mas a um ritmo anual de 2,2%, abaixo da média de 3,3%, em décadas recentes. A pesquisa mensal mais recente. realizada pelo “The Wall Street Journal” com economistas. indica que eles esperam que o produto interno bruto dos EUA cresça a uma taxa de 2,3% neste ano e 2,8% no próximo.