Declaração de Trump provoca reação entre palestinos

Por Gazeta News

trump e benjamin
[caption id="attachment_137607" align="alignleft" width="300"] Trump recebeu na Casa Branca o primeiro-ministro de Israel. Foto: Ansa[/caption]

Nesta quinta-feira, 16, autoridades palestinas reagiram às declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, em encontró, na Casa Branca, com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O norte-americano mostrou uma mudança histórica no posicionamento dos Estados Unidos em relação à política de paz na região.

"Se a administração de Trump rejeitar essa política isso iria destruir as chances de paz [na região] e ameaçar os interesses norte-americanos, sua posição e a sua credibilidade no exterior", disse Hana Ashrawi, um dos membros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) sobre os riscos dos EUA abandonarem a política dos dois Estados - questão-chave nos conflitos entre israelenses e palestinos.

Durante a visita do primeiro-ministro de Israel, os dois líderes conversaram sobre a relação entre os dois países, a situação de crise do Oriente Médio e a nomeação do embaixador norte-americano na nação judaica. Já na coletiva de imprensa, Trump insinuou que a criação de um Estado palestino não precisa ser a única solução para a crise da região. A declaração vem na contramão histórica dos últimos presidentes norte-americanos.

"Estou olhando para as soluções de um Estado e dois Estados, e eu gosto da que as duas partes gostarem. Se Israel e os palestinos estiverem felizes, eu estarei feliz com a qual eles mais gostarem", afirmou o presidente.

Ainda nesta quinta-feira, a Comissão de Relações Exteriores do Senado norte-americano realizará sabatina com o homem indicado por Trump para assumir o cargo de Embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, ex-advogado pessoal do presidente que apoia abertamente os assentamentos israelenses em territórios palestinos. A indicação, contudo, não é bem aceita. Cinco ex-embaixadores do país escreveram uma carta na qual diziam que o pretendente não é qualificado para o cargo por suas "posições extremas" e "radicais".

Com informações da Agência Ansa.