Decreto de Trump já revogou mais de 100 mil vistos, diz governo
Mais de 100 mil vistos foram revogados desde que a ordem executiva do presidente Donald Trump sobre imigração e viagens foi assinada em 27 de janeiro. A informação partiu de um advogado do governo em uma audiência na Virginia nesta sexta-feira, 3.
O número veio em resposta a uma pergunta da juíza do Tribunal de Distrito dos EUA Leonie Brinkema sobre quantas pessoas foram afetadas por esta ordem.
O advogado Erez Reuveni, do Escritório de Litígio em Imigração, do Departamento de Justiça, deu o número em resposta a uma demanda de um juíza na Virgínia sobre quantas pessoas haviam sido afetadas pela ordem.
De acordo com a NBC News, a audiência analisava o caso de dois irmãos do Iêmen que chegaram no último sábado no Aeroporto Internacional de Dulles e que disseram que foram coagidos a desistir de seu visto de residente e colocados rapidamente em um voo para a Etiópia.
Porém, o Departamento de Instruções contestou esse número, afirmando que "menos de 60 mil vistos de indivíduos foram provisoriamente revogados para cumprir com a Ordem Executiva".
Sem saber quantas pessoas no total foram deportadas até o fim de semana, Kevin Brosnahan, porta-voz do Departamento de Estado de Assuntos Consulares, afirmou que “o governo reconhece que esses indivíduos estão temporariamente incomodados enquanto a revisão sob a Ordem Executiva é conduzida. Para colocar esse número no contexto, emitimos mais de 11 milhões de vistos de imigrantes e não imigrantes no ano fiscal de 2015", disse.
Em coletiva de imprensa após a audiência, o advogado de defesa dos iemitas, Sandoval-Moshenberg, afirmou que o número surpreendeu a todos. "O número 100 mil tirou o ar dos meus pulmões. Você quase podia ouvir o suspiro coletivo na sala da corte quando o procurador declarou o número", declarou.
Suspensão do decreto em alguns estados
Um juiz federal de Los Angeles determinou, na quarta-feira, 1, que o governo permita a entrada no país de imigrantes dos sete países englobados no decreto que tenham liberação inicial para residência legal nos EUA, apesar do decreto presidencial proibir o ingresso dessas pessoas em território norte-americano.
A liminar tem a mesma base legal e segue a linha acatada por juízes federais de outros estados, como Massachusetts, Virgínia, Washington e Nova York, que nos últimos dias proferiram decisões liminares para proteger viajantes e imigrantes provenientes de sete países de maioria muçulmana listados na ordem executiva.
Com informações da NBC news.