Decreto de Trump proibindo entrada de imigrantes e refugiados faz as primeiras vítimas

Por Gazeta News

trum apontando o dedo
[caption id="attachment_136146" align="alignleft" width="300"] Trump: decretos fizeram as primeiras vítimas. Foto: FlickR[/caption]

Ao menos dois refugiados a caminho dos EUA e outros seis imigrantes – com vistos válidos -foram barrados e detidos no aeroporto de Nova York ontem, 27, e hoje, 28. A medida é fruto do decreto assinado pelo presidente Donald Trump proibindo a entrada de cidadãos de 7 países de maioria muçulmana.

No caso dos 6 imigrantes, cinco são iraquianos e um é iemenita e foram impedidos de embarcar em um voo da EgyptAir do Cairo para Nova York neste sábado. Os passageiros foram obrigados a embarcar em voos de volta para seus países de origem. Já os advogados dos dois refugiados iraquianos detidos no aeroporto J.F. Kennedy estão contestando o decreto na Justiça, dizendo que seus clientes estão presos de forma ilegal, e pedindo a liberação de seus clientes.

Trump determinou, através de ordens executivas, a suspensão de todo os refugiados nos Estados Unidos por um prazo de 120 dias. O decreto também barra por tempo indefinido o acolhimento de refugiados sírios no país e proíbe por 3 meses a entrada de qualquer pessoa oriunda da Síria, Iraque, Irã, Iêmen, Líbia, Somália e Sudão.

Diversos processos foram abertos por entidades de direitos humanos como a União Americana de Liberdades Civis (ACLU), Projeto Internacional de Assistência aos Refugiados, contestando a decisão do presidente americano.

Segundo o "New York Times", um dos iraquianos detido no aeroporto, Hameed Khalid Darweesh, tinha trabalhado para o governo americano em seu país por 10 anos. O outro, Haider Sameer Abdulkhaleq Alshawi, estava a caminho dos EUA para se reunir com sua mulher, que havia trabalhado para uma empresa americana, e seu filho de 7 anos. Os dois chegaram em voos diferentes.