Delegada diz que agressão a Karol Eller foi “caso típico de homofobia”

Por Gazeta News

O motivo das agressões à youtuber Karol Eller, de 32 anos, está sendo investigado como homofobia, de acordo com a Polícia Civil. A jovem, que viveu por anos no sul da Flórida, estava com a namorada em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, quando se envolveu em uma confusão com outras três pessoas, na manhã do último domingo (15). O caso foi registrado como lesão corporal e injúria por preconceito na 16ª Delegacia de Polícia, na Barra da Tijuca. Segundo a policial civil Suellen Silva dos Santos, namorada de Karol, as duas estavam no local quando conheceram um casal que estava acompanhado de um amigo. Na delegacia, ela narrou que, ao longo da conversa com o grupo, no domingo, um dos dois suspeitos, o supervisor de manutenção Alexandre da Silva, de 42 anos, se referiu a Karol como “ele” e disse que ela “não era mulher, era homem”. Ainda em depoimento à polícia, Suellen narrou que, quando a namorada disse que queria ir ao banheiro, Alexandre teria sugerido que “ela fosse atrás do quiosque mesmo”, já que, como homem, “não precisava usar o sanitário”. A agente disse também que o supervisor a teria elogiado, dizendo que ela era “uma morena muito bonita". "Está fazendo o quê com isso? Isso é um homem?”, teria questionado Alexandre, que, conforme Suellen, começou a empurrar Karol de um jeito provocativo, tendo “desferido soco na mesma até derrubá-la no chão e deixá-la desacordada”. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Karol deu entrada no Hospital Lourenço Jorge, também na Barra, e foi liberada na segunda-feira (16). “Não estou conseguindo falar nem ler direito. Estou com fortes dores na cabeça. Só quero agradecer a todo carinho que tenho recebido dos meus amigos e seguidores”, disse a youtuber. “Trata-se de um caso típico de homofobia, sem ligação com a militância da vítima. De acordo com os depoimentos, os agressores chamavam a Karol o tempo todo de sapatão e demonstravam claramente preconceito. Já requisitamos os exames de corpo de delito de todos os envolvidos e vamos fazer diligências para localizarmos câmeras que possam ter flagrado a confusão e possíveis testemunhas do fato”, explicou a delegada Adriana Belém, titular da 16ª DP. Já ao Gazeta News, Karol, que é amiga próxima do presidente Jair Bolsonaro, declarou que foi vítima de ódio e não por homofobia. “Acredito que tem a ver com questões político-partidárias e não por homofobia”, informou em áudio ao Gazeta, na terça-feira (17). Com livre acesso à família Bolsonaro, Karol Eller se tornou amiga de todos os membros. Ainda morando no sul da Flórida, foi braço-direito desde a pré-campanha do atual presidente e conseguiu trazer Bolsonaro e filhos para encontros com a comunidade. Assumidamente homossexual, ela foi peça fundamental na campanha eleitoral para “desmistificar” qualquer sombra homofóbica sobre o candidato. Karol se mudou recentemente para o Rio de Janeiro, após ganhar um cargo na EBC (Empresa Brasil de Comunicação), que gere emissoras de rádio e televisão públicas federais. Ainda se recuperando em casa das lesões, a youtuber disse que tão logo possa, dará entrevistas para contar exatamente como tudo aconteceu. Com informações da Época.

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