Pequena explosão assusta New York
Uma pequena explosão provocou alguns danos num centro de
recrutamento militar na região da Times Square, em Nova York, nas primeiras horas de quinta-feira, mas a polícia informou que não houve feridos.
A polícia disse que um pequeno artefato explosivo provocou os danos ao prédio por volta das 3h45 (5h45 horário de Brasília). A porta de vidro ficou trincada e a parte debaixo de sua estrutura de metal ficou retorcida.
A explosão também estilhaçou uma janela onde estava o clássico cartaz de
recrutamento dos EUA que traz uma foto do Tio Sam com a inscrição "Eu quero você".
A explosão, que segundo autoridades parece ter tido como alvo o centro de
recrutamento, ocorreu em um momento em que não havia muitas pessoas na
geralmente lotada região de Times Square, no coração de Manhattan.
O Departamento de Segurança Interna informou que não havia nenhum sinal imediato de ameaça ao territórios dos Estados Unidos após a pequena explosão e acrescentou que o FBI participa das investigações sobre o ocorrido.
Perguntada se o incidente teria alguma ligação com terrorismo, a porta-voz da Casa Branca Dana Perino disse: "Não parece ser, mas, volto a dizer, as
investigações ainda estão em andamento."
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, disse que aparentemente a explosão teve como alvo o centro de recrutamento do Exército
"O fato de que parece ter deliberadamente como alvo uma estação de recrutamento insulta todos nossos corajosos homens e mulheres de uniforme servindo ao redor do mundo", disse Bloomberg em entrevista coletiva.
O comissário de polícia Ray Kelly disse que uma testemunha afirmou ter visto um suspeito carregando uma mochila pouco antes da explosão.
Segundo Bloomberg, ninguém viu o artefato e ninguém o viu ser plantado no centro de recrutamento militar.
O incidente desta quinta-feira ocorre dias antes do quinto aniversário da
invasão liderada pelos Estados Unidos no Iraque, em 19 de março. O apoio à
guerra tem caído nos últimos anos.
O edifício atacado na quinta-feira fica entre a Broadway e a 7a Avenida, um lugar muitas vezes considerado "a esquina do mundo". Ativistas contrários à guerra costumam realizar protestos no local e o prédio do centro de recrutamento já foi alvo de vandalismo.
Perguntada se o incidente teria alguma ligação com terrorismo, a porta-voz do Departamento de Segurança Interna, Laura Keehner disse que a investigação ainda está em fase inicial, mas acrescentou que "não há informação crível que sugira a existência de uma ameaça iminente ao território neste momento".
A polícia chegou a isolar aquela área, de grande movimento turístico (embora menos agitada durante a madrugada). O tráfego, porém, voltou a fluir na praça três horas depois da explosão. A operação do metrô na importante estação Times Square também está normalizada.
Os nova-iorquinos são muito sensíveis a incidentes desse tipo desde que dois aviões foram lançados como mísseis contra as torres gêmeas do World Trade Center, em setembro de 2001, matando mais de 2.000 pessoas.
O capitão Charles Jaquillard, que trabalha no local por ser o encarregado do recrutamento do Exército em Manhattan, disse que não havia ninguém no prédio na hora da explosão.
Nino Reyes, 26 anos, contou que havia acabado de abrir a banca onde vende café e lanches quando ouviu uma explosão e viu uma coluna de fumaça - primeiro vermelha, depois preta. Contou ainda que viu três ou quatro pessoas fugindo.
