Depois de preso em protesto, George Clooney é libertado

Por Gazeta News

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Algumas horas após ter sido preso por desordem civil durante um protesto em frente à embaixada sudanesa em Washington, o ator George Clooney foi libertado no dia 16. O pai do ator, o jornalista Nick Clooney, e outros ativistas que haviam sido presos na manifestação também foram libertados.

Clooney fez um pronunciamento após deixar a cadeia e disse que essa foi a primeira vez que ele foi preso. "Vamos esperar que seja a última", brincou o ator. Sobre o protesto, Clooney falou que "você nunca sabe se está realizando alguma coisa. Nós esperamos que ajude".

George Clooney, assim como vários congressistas, ativistas e seu pai, havia sido algemado e levado em uma patrulha da polícia após desobedecer a três avisos dados pelas autoridades para não atravessar a linha de segurança montada no perímetro da embaixada. O grupo de manifestantes exibia cartazes com os dizeres: "Sudão: Pare com as armas de fome em massa".

Antes de ser preso, ele chegou a conceder entrevistas à imprensa. Clooney disse que espera atrair mais atenção para a questão e se disse impressionado com o engajamento do presidente americano, Barack Obama, no assunto. O ator também disse que, se nenhuma ação for tomada nos próximos três ou quatro meses, ocorrerá um "verdadeiro desastre humanitário".

Clooney viajou recentemente ao Cordofão do Sul, um Estado do Sudão onde os combates entre o exército e os rebeldes favoráveis a uma anexação com o Sudão do Sul levaram a uma grave crise de fome. De volta aos Estados Unidos, Clooney acusou o governo de Cartum (capital sudanesa) de crimes de guerra, falando ante uma comissão do Senado.

Crítico de longa data do governo do Sudão pelo conflito separatista em Darfur, Clooney disse à comissão do Senado que o presidente Omar al-Bashir e seus colaboradores estão "provando ser os maiores criminosos de guerra deste século até o momento". Clooney também é cofundador do organização Satellite Sentinel Project, que usa imagens de satélite para observar possíveis ataques aéreos e o movimento de tropas no Sudão e no Sudão do Sul.

O Sudão do Sul se tornou independente em julho do ano passado, depois de duas décadas de guerra civil. No entanto, outro conflito separatista explodiu pouco depois no Cordofão do Sul e perto do Estado de Nilo Azul, no qual Cartum combate contra os insurgentes, uma vez aliados aos ex-rebeldes que agora governam o Sudão do Sul. "Há realmente uma contagem regressiva (na situação do Sudão)", disse Clooney.