Deportação separa e preocupa famílias de imigrantes nos EUA

Por Arlaine Castro

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[caption id="attachment_153582" align="alignleft" width="300"] Wellington Rocha e a esposa Luciana e os enteados Emanuel, 17, Ismael, 10, e Otavio, 8 anos - todos nascidos nos Estados Unidos. Foto: arquivo pessoal.[/caption] Está cada vez mais comum a separação de famílias de imigrantes indocumentados que estão recebendo ordem para deixar o país. Imigrantes que antes realizavam o check-in anual junto ao Immigration and Customs Enforcement (ICE) e recebiam permissão para ficar, agora estão sendo deportados. É o caso do mineiro de Conselheiro Pena, Wellington Rocha, 36 anos, que mora em Nashua, New Hampshire. Rocha veio para os Estados Unidos há 14 anos e, na semana passada, depois do último check-in junto à imigração, obteve uma resposta diferente e terá que deixar o país. Os oficiais pediram ao brasileiro para apresentar a passagem aérea comprovando que irá deixar o país até dia 1º de outubro. Preocupada, a esposa de Welington, Luciana Rocha, que também é mineira e tem a cidadania americana, disse que há 3 anos eles se casaram e ela entrou com o pedido para regularizar a situação do marido, porém, não obtiveram retorno do processo até hoje. Obedecendo às regras do ICE, Wellington, que é caminhoneiro e tem uma companhia de transportes em New Hampshire já apresentou as passagens à agência de imigração, que pediu para o brasileiro se apresentar novamente na próxima sexta-feira, dia 29 de setembro. Ao GAZETA, a esposa Luciana disse nesta segunda-feira, 25, que toda a família está devastada. "As crianças estão procupadas e tristes com toda essa situação", salientou. Luciana tem 3 filhos, Emanuel, 17, Ismael, 10, e Otavio, 8 anos, que consideram Wellington como pai. Segundo a esposa, Wellington entrou ilegalmente pelo México em 2003 e logo depois fez o pedido de asilo que se arrastou por anos e em 2012 recebeu uma carta de deportação. Desde 2014 Wellington realiza check-ins anuais junto à imigração, onde sempre obteve a permissão para trabalhar e permanecer no país. “A permissão de trabalho dele está válida até outubro”, explicou. Luciana espera que o processo de regularização de status do marido saia ainda nesta semana e ele não precise ir para o Brasil."Estamos aguardando o retorno do pedido de "perdão" para marcar a entrevista no consulado. Estamos confiantes de que saia rápido para tudo se resolver o mais rápido possível também", menciosa. Caso contrário, Wellington embarca no próximo domingo, dia 1 de outubro para o Brasil, de onde aguardará a continuidade do processo.