Desafie a Insegurança

Por Adriana Tanese Nogueira

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A insegurança é uma das condições psicológicas mais comuns, nem sempre porém reconhecido. Se encontra entre pessoas de todas as idades e condição social e produz consequências negativas sobre a autoestima e o sentimento de aceitação de si, tanto nas relações interpessoais como afetivas e profissionais. A insegurança é um sentimento geral de desconforto ligada à percepção subjetiva de fragilidade, incompetência e incapacidade. Pode estar relacionada a um aspecto da pessoa ou mais de um e é uma das razões mais frequentes que leva uma pessoa a busca ajuda psicológica. Há diversos grau de insegurança, e há pessoas mais inseguras de outras. Podemos olhar para a insegurança de três diferentes perspectivas: a cognitiva, a emocional e a comportamental. Do ponto de vista cognitivo, a insegurança se manifesta na forma de pensamentos negativos que temos a nosso respeito. Pensamentos do tipo: não sou capaz, sou fraco, sou inadequado, não consigo, vou errar, vai dar tudo errado e etc. Estes são pensamentos limitantes que produzem uma bola de neve interior fortalecendo sempre mais a insegurança e criando uma imagem de si negativa. Nascem geralmente de uma criação pouco encorajadora e validadora, de experiências negativas anteriores e da predisposição caraterial do próprio indivíduo. Do ponto de vista emocional, a insegurança se apresenta nas emoções da ansiedade, da incerteza e do medo, podendo chegar até ao terror paralisante. Emoções assim são difíceis de serem administrada e prejudicam profundamente a imagem que temos de nós. A pessoas que vive essas emoções com frequência as compreende como um sinal de uma verdadeira incapacidade interior e de perigo inevitável. Enfim, do ponto de vista comportamental, a insegurança se materializa na atitude de evitar a situação que gera insegurança, o que leva geralmente a pessoa a não se expor, porque tem medo de não conseguir. Seu campo de ação vai assim diminuindo consideravelmente. Mais inseguros somos menos fazemos, menos ousamos e... evidentemente, menos conseguimos realizar! Querendo superar a insegurança precisamos levar em consideração esses três pontos de vista que estão aqui separados só para facilitar a análise do fenômeno, pois eles de fato se apresentam todos juntos. Em primeiro lugar, é preciso que nos questionemos: Aquilo que estou pensando faz sentido? É realmente assim? Devo realmente pedir a opinião de fulano ou beltrano antes de agir? Por que não confiar em mim? E se eu errar, vou tentar novamente! Questionar significa ganhar um distanciamento mental e observar a nossa forma de pensar com um certo criticismo que leva à objetividade. Queremos que o nosso pensar nos ajude, e não nos prejudique. Em segundo lugar, as emoções: Estas são difíceis de serem controladas. Queremos administrá-las e contê-las, não reprimi-las. Precisamos estar em contato com elas para transformá-las. Precisamos ter coragem para desafiar algumas delas e aguentar o tranco até conseguir fazer algo diferente, ousar romper com o círculo vicioso. E aí entra o terceiro ponto: o comportamento. Afinal, se temos medo, por exemplo, de nos expor, vencer esta insegurança só pode significar: 1. Não se deixar hipnotizar pelos pensamentos negativos; 2. Segurar as emoções (sem se sufocar) e fortalecer a coragem; 3. Agir! Agir significa se arriscar. O inseguro não se arrisca. Mas se você não se arriscar não vai conseguir muita coisa na vida e assim irá confirmar que você “não é capaz”, “não sabe”, “não pode”. Nada disso é verdade. A única verdade é que você se deixou levar pelo canto da sereia que te diminui e fragiliza. Acorde! Mude o caminho. Ouse. Desafie a insegurança.