Desempenho de Hillary em debate complica possível candidatura de Biden

Por Gazeta News

[caption id="attachment_94950" align="alignleft" width="300"] A pré-candidata democrata, Hillary Clinton, durante debate da CNN.[/caption]

Depois que a pré-candidata democrata Hillary Clinton reafirmou sua liderança na corrida presidencial durante o primeiro debate do partido, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pode ter ficado com poucas chances nesse cenário político diferente.

Muitos analistas concordam que Hillary, de 67 anos, se mostrou desenvolta e eficiente na noite do dia 13 e talvez tenha apaziguado alguns democratas, temerosos de que a gafe com o uso de um servidor de e-mail pessoal no exercício do cargo de secretária de Estado do presidente Barack Obama estivesse minando sua pré-candidatura.

Ao assumir a liderança, Hillary pode ter conseguido, ao mesmo tempo, refrear os pedidos para que Biden entre na disputa e diminuir a ameaça do adversário emergente Bernie Sanders, senador de 74 anos de Vermont e autodeclarado socialista. “Se você é um apoiador de Hillary e estava preocupado por qualquer motivo, deve estar se sentindo muito bem consigo mesmo”, disse Rodell Mollineau, estrategista democrata presente no debate em Las Vegas. “Este é o tipo de debate que ajuda a criar ímpeto”.

Sanders, principal rival de Hillary entre os pré-candidatos declarados, recebeu dos moderadores do debate a oportunidade de atacar a concorrente na questão dos e-mails. Mas, em vez disso, ele descartou a polêmica, que tachou de trivial, arrancando aplausos da plateia e desviando o foco da maior fraqueza política de Hillary.

Para Biden, que continua a ponderar uma pré-candidatura para a eleição de novembro de 2016, a noite serviu como lembrete do quão aguerrida Hillary – com a experiência de dezenas de debates em sua pré-campanha de 2008 e pelos quatro anos no Departamento de Estado – pode ser como pré-candidata.

Hillary e Sanders concordaram sobre o controle de armas, abordaram a desigualdade salarial e defenderam políticas mais liberais para licenças familiares. Ao mesmo tempo, ela não acompanhou Sanders no ataque aos bancos de Wall Street e crítica o atual governo por não enfrentar o presidente russo, Vladimir Putin.