04/02/21 às 22:43 - Brasil
Desemprego diminui, mas trabalho informal aumenta no Brasil, diz IBGE
[caption id="attachment_193426" align="alignleft" width="362"] Mais pessoas trabalham na informalidade, diz IBGE. Imagem: FlickrJose Carneiro.[/caption]
O desemprego teve leve queda, mas o trabalho informal aumentou no Brasil, segundo dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira, 27.
Segundo o IBGE, no trimestre encerrado em novembro, o desemprego ficou em em 11,2%, atingindo 11,9 milhões de pessoas, e houve aumento da população ocupada informal que atingiu 38,8 milhões de pessoas.
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Para o desemprego, foi a segunda queda seguida do indicador, que ficou em 11,6% nos três meses até outubro. Com isso, a taxa é a menor desde o trimestre encerrado em março de 2016, quando foi de 10,9%. Em maio e abril de 2016, a taxa foi de 11,2%.
Apesar da melhoria no emprego com carteira, houve crescimento também nos indicadores de informalidade. Nos três meses até novembro, houve alta de 1,2% no número de trabalhadores por conta própria, que chegou a 24,6 milhões de pessoas – novo recorde na série histórica do IBGE.
Fatores para a queda no desemprego
Segundo o IBGE, contribuíram para a queda no desemprego no mês passado as vagas temporárias abertas no comércio para fazer frente às datas comemorativas de final de ano. Com isso, a população ocupada chegou ao recorde de 94,4 milhões de pessoas.
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Em nota, a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, aponta que o resultado confirma a sazonalidade esperada para essa época do ano e que foi retomada desde 2017.
“Ficamos dois anos, em 2015 e 2016, sem ter a sazonalidade já que não havia geração de postos suficiente para atender à demanda por trabalho. Agora, o comércio mostra movimento positivo no trimestre fechado em novembro, o que achamos que está relacionado às datas comemorativas como Black Friday e a antecipação de compras de final de ano”, explicou.
Trabalhadores ocupados e com carteira assinada
Na comparação com os três meses encerrados em agosto, o número de pessoas ocupadas cresceu em 785 mil. Destes, 338 mil foram no comércio, uma alta de 1,8%. Houve crescimento também no setor de alojamento e alimentação, com 204 mil ocupados a mais, seguido pela construção, com 180 mil vagas.
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Também na mesma comparação, houve alta de 1,1% na geração de empregos com carteira de trabalho, o maior crescimento desde o trimestre encerrado em maio de 2014. Foram 378 mil pessoas a mais com carteira, totalizando 33,4 milhões de trabalhadores nessa categoria.
Já o número de empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado ficou estatisticamente estável, em 11,8 milhões de pessoas.
“Esse movimento da carteira é positivo, mas não é suficiente para uma mudança na estrutura do mercado de trabalho. A despeito dessa reação, durante todo o ano houve crescimento nas categorias relacionadas à informalidade, como conta própria e empregado sem carteira”, apontou Adriana Beringuy. Com informações do e G1.