O mercado de trabalho nos Estados Unidos registrou cinco meses consecutivos de criação de postos de trabalho, pela primeira vez desde 1999 e, em junho, o desemprego chegou a 6,1%, dois décimos a menos que em maio, informou o Departamento de Trabalho, no dia 3.
Os 1,4 milhão de novos empregos criados no primeiro semestre do ano deixaram o percentual de desemprego em um mínimo histórico desde setembro de 1999, disse Jason Furman, principal assessor econômico da Casa Branca.
“Os números de crescimento estão acima dos 200 mil novos empregos” a cada mês desde fevereiro, algo que não acontecia desde setembro de 1999, ressaltou Furman.
Com 288 mil postos de trabalho, o emprego nos Estados Unidos aumentou acima das previsões em vários setores da economia, já que economistas privados calculavam que, em junho, haveria um crescimento mínimo ou praticamente nulo do emprego.
Os dados em alta do mercado de trabalho americano, em junho, situam o desemprego abaixo do 6,5% previsto pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), o melhor número desde setembro de 2008.
Esta diminuição do desemprego no primeiro semestre de 2014 é consistente com as previsões do Fed no longo prazo, que ficaram em 5,7% para 2015 e 5,5% para 2016.
Setores em crescimento
O relatório de junho revelou que o emprego privado foi especialmente favorecido com o aumento das contratações em setores como comércio, hotelaria, saúde, serviços, transporte, manufatura, mercado imobiliário e seguros.Os setores de serviços profissionais e comércio registraram alta de 67 mil e 40 mil novos empregos, respectivamente, principalmente pelo crescimento registrado nos serviços de gestão e tecnologia, e pelo aumento da venda de carros e material de construção.
Já o setor atacadista somou 15 mil novos postos de trabalho em junho, e já acumula 140 mil novos empregos desde janeiro.
A remuneração dos empregados do setor privado aumentou 2% desde janeiro, e ficou em média em $24,45 dólares por hora.
Pelo quarto mês consecutivo, junho registrou uma média semanal de 34,5 horas trabalhadas por funcionário. Mas também o número de trabalhadores de meio período tempo aumentou em 275 mil pessoas, até 7,5 milhões.
Em relação ao número de pessoas desempregadas, a diminuição registrada em junho foi de 325 mil pessoas, ficando em 9,5 milhões, e mostrou uma queda no desemprego juvenil, um dos maiores problemas do mercado de trabalho americano, que ficou em 21%.
Entre os hispânicos, o desemprego foi de 7,8%, contra 7,7% em maio e 7,3% em abril, o que provocou reações do Comitê Nacional Republicano (CNR), cuja porta-voz, Izzy Santa, cobrou o presidente Barack Obama para que tome medidas a respeito.
“Os números lamentáveis de desemprego entre os latinos confirmam que os democratas ainda não cumpriram sua promessa de criar fontes de trabalho para os hispânicos”, disse Santa.