Desigualdade na América Latina - Pense Green

Nos anos 2000, o Brasil aprimorou, por meio de programas sociais e avanços no setor econômico, o seu processo de redução da pobreza, porém, o nosso país é um dos mais desiguais da América Latina, segundo o relatório ONU-Habitat, divulgado em 2012.

O Brasil é o quarto país mais desigual da região, atrás apenas de Guatemala, Honduras e Colômbia. Em comparação com os outros continentes, segundo dados de 2009, Portugal era o país mais desigual da Europa, e os EUA, da América do Norte, com índices de 0,39. Nesse mesmo ano, considerando a América Latina, os países com os menores índices de desigualdade eram Costa Rica, Equador, El Salvador, Peru, Uruguai e Venezuela.

Em comparação aos anos 1990, quando o Brasil possuía o maior nível de iniquidade da América, o país prosperou, mas, segundo a ONU, a América Latina é a região mais desigual do mundo apesar das melhorias verificadas.

As melhorias se concentraram no crescimento do rendimento do trabalho, na queda das diferenças salariais entre diferentes categorias de trabalhadores e na expansão de programas de transferência de renda.

No quesito “pobreza”, o Brasil ainda perde para os seus vizinhos, 20% dos brasileiros vivem em situação de pobreza ou indigência - esse percentual é maior do que o registrados no Uruguai, na Argentina, no Chile e no Peru. No quesito “Pobreza Urbana”, o Brasil ficou atrás de países como Costa Rica e Panamá.

A boa notícia é a queda do percentual de pobres no nosso país. Em 1990, o percentual era de 41%, já em 2009, esse mesmo percentual caiu para 22% da população. Essa queda também foi registrada na Argentina e no Uruguai, onde o percentual do número de pobres é de 9% da população.

A respeito do combate à pobreza, o Chile ficou em primeiro lugar, com uma redução de 70% entre os anos 1990 e 2009. O relatório da ONU ainda aponta diversas mudanças acontecendo na América Latina, como o crescimento demográfico e a ausência de migração do campo para a cidade.

Relatório: http://www.onuhabitat.org/