Detenções pelo ICE aumentam, mas dados são menores que 2014

Por Gazeta News

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As prisões relacionadas à imigração subiram quase 33% nos primeiros meses da presidência de Donald Trump, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com novos dados divulgados pela U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE).

No período de 20 de janeiro a 13 de março deste ano, foram realizadas 21.362 prisões pelo ICE, número maior que as 16.104 realizadas durante o mesmo período de 2016. As detenções de imigrantes de não-criminosos mais que dobrou: de 2.278 em 2016 para 5.441 este ano.

Como prometeu em campanha, o governo Trump tem dado mais espaço aos oficiais de imigração, enfatizando que todos os imigrantes não autorizados estão sujeitos à deportação e até mesmo reforçando sua atuação em cidades onde departamentos de polícia já afirmaram que não cooperarão plenamente com as autoridades federais de imigração.

Em comunicado após a divulgação dos números, o ICE reforçou que "foca sua fiscalização em indivíduos que representam uma ameaça à segurança nacional, à segurança pública e à segurança da fronteira e que todos aqueles que violem as leis de imigração podem estar sujeitos à prisão e remoção dos Estados Unidos".

Um outro sinal de que mais recursos estão indo para a aplicação da imigração é a média de detenção diária do ICE. Até a data de oito de abril de 2017, a média diária de detenção foi de 40.467 pessoas- maior do que qualquer outra média anual desde 2001.

Números menores que do Governo Obama

No entanto, os números ainda não chegam ao total de 29.238 detenções de imigração realizadas no mesmo período em 2014 pelo governo Obama. Da mesma forma, as prisões de não-criminosos também caíram, em 2014 foram 7.483.

Houve 15.921 prisões criminais em 2017 em comparação com 13.826 no mesmo período do ano passado. Mas os números deste ano também foram 26,7% menores que em 2014, quando foram realizadas 21.745 de prisões criminais.

No início deste ano, o ICE "detainers" - pedido oficial para manter os imigrantes não autorizados sob custódia após uma prisão criminal local –contava com 22.161, em torno de 75% a mais do que o ano passado, mas 8% a menos que 2014.