Detento arrecada US$ 10,4 mi em golpes de dentro da prisão em Miami

Por Gazeta News

Jimmy Sabatino foto Peter Andrew Bosch MCT)
[caption id="attachment_156948" align="alignleft" width="380"] Jimmy Sabatino. Foto: Peter Andrew Bosch MCT).[/caption]

De dentro de sua cela no Federal Detention Center em downtown Miami, o detento Jimmy Sabatino, de 41 anos, conseguiu aplicar golpes que somam mais de $10 milhões de dólares.

Sabatino se declarou culpado da fraude de US$ 10,4 milhões que aplicou de dentro da prisão no início deste ano, com a ajuda de comparsas. Na última segunda-feira, 13, ele foi condenado à punição máxima de 20 anos de prisão na solitária da "Supermax", prisão federal no Colorado conhecida por ser de segurança máxima.

A juíza também impôs limitações especiais e extremamente incomuns ao prisioneiro como não ter comunicação com outros prisioneiros e o mundo exterior - "até que o arguido demonstre que suas comunicações não representam qualquer tipo de ameaça", afirmou em sentença.

Sabatino faz parte da “família” do crime organizado “Gambino” e aplicou os golpes com a ajuda dos comparsas. Ele está proibido de se comunicar com qualquer membro ou associado da Máfia.

Golpes milionários

No início deste ano, Sabatino, que passou a maior parte de sua vida desde os 19 anos na prisão, persuadiu dois oficiais federais no centro de detenção que forneceram a ele um total de cinco celulares, um Samsung e quatro iPhones. Os oficiais perderam seus empregos, mas não foram acusados ??criminalmente.

De posse dos celulares, ele ligava e enviava textos e e-mails para varejistas de joias e artigos de luxo se passando por funcionário da Sony Music Entertainment e RocNation - produtora fundada por Jay Z, marido da cantora Beyonceé. As lojas enviavam então joias, relógios e outros itens para seus comparsas do crime organizado, conforme ele orientava. Os revendedores entendiam que os itens estavam em empréstimo e seriam apresentados em vídeos musicais e vídeos promocionais que estavam sendo filmados em Miami.

Sabatino admitiu que usou os telefones em sua cela para cometer a fraude. Os itens nunca foram devolvidos às lojas e, em vez disso, eram vendidos pelos aliados de Sabatino e o dinheiro repartido entre quem estava no esquema, inclusive para o oficial da prisão.

De acordo com registros judiciais, ele liderou a fraude com os comparsas da família Gambino, com um outro preso, duas mulheres que moravam no condado de Broward e alguns outros ajudantes, e obteve cerca de US $ 10,4 milhões de itens, bem como acomodações e outros serviços de hotéis de luxo. Seus comparsas contrataram limusines e ficaram em hotéis de luxo em Fort Lauderdale, South Beach e Atlanta.

Além dos anos na prisão, Sabatino foi condenado a pagar a restituição total a mais de uma dúzia de lojas, incluindo os joalheiros Van Cleef & Arpels, relógios Piaget, Jimmy Choo e Manolo Blahnik.

Questionado se tinha alguma coisa a dizer antes do veredicto, Sabatino disse que não se desculparia com ninguém e ressaltou ainda que o governo permitiu que este caso acontecesse e que deveria ter vergonha.

Os outros envolvidos foram condenados a menos de metade do tempo de prisão de Sabatino, que cresceu em Staten Island, Nova York, e passou muito tempo no sul da Flórida. Sua madrasta, com quem ele tinha permissão para se comunicar, mora no condado de Broward.

Com informações do Sun Sentinel.