
Quase três semanas desde que deram início ao tratamento, os dois americanos infectados com o vírus ebola na Libéria tiveram alta de um hospital em Atlanta. A missionária Nancy Writebol deixou o hospital no dia 19, e o médico Kent Brantly, no dia 21.
Segundo o médico Bruce Ribner, do Hospital Universitário de Emory, onde os dois estavam internados, Kent Brantly, de 33 anos, e Nancy Writebol, de 59, não oferecem mais nenhum risco para a saúde pública.
Em coletiva de imprensa no dia em que recebeu alta, Branlty disse, enquanto segurava as mãos de sua mulher: "Hoje é um dia milagroso. Deus salvou minha vida". "Estou muito feliz por estar vivo, estar bem, e por ter reencontrado minha família", completou. Brantly agradeceu de maneira emocionada a organização humanitária Samaritan's Purse, da qual faz parte, e a equipe do hospital.
De acordo com o grupo SIM USA, associação de ajuda humanitária para a qual trabalha Nancy, seu marido, David Writebol, afirmou que ela já está livre do vírus, mas ainda com a saúde fragilizada e que, no momento, está se recuperando em um local não revelado. David afirmou ainda que sua mulher estava se sentindo muito encorajada de saber que tantas pessoas ao redor do mundo estavam orando por sua saúde
Nancy e Brantly foram trazidos da Libéria neste mês e foram tratados em uma unidade de isolamento do hospital. Os dois receberam uma droga experimental para tratar ebola chamada ZMapp, produzida por uma pequena empresa californiana, para combater a doença mortal. "Francamente, não sabemos se os ajudou, se não fez diferença ou se teoricamente atrasou sua recuperação", disse o médico Ribner, sobre a droga Zmapp.
O ebola se dissemina pelo contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada, o que deixa particularmente vulneráveis a contrair a doença profissionais de saúde e familiares.
Na última semana, Brantly divulgou uma carta, lembrando como ele se isolou quando começou a se sentir mal e como se sentiu vendo tantas pessoas morrerem. "Eu segurei nas mãos de vários indivíduos enquanto esta doença terrível tirava suas vidas. Eu testemunhei o horror diretamente e ainda sou capaz de lembrar de cada rosto e nome", escreveu
As informações são da agência “Associated Press” e “ABC News”.