DHS começa a monitorar redes sociais em outubro

Por Gazeta News

O Departamento de Segurança Interna (DHS) pretende incluir informações sobre mídias sociais nos formulários de todos os imigrantes a partir do mês de outubro. A medida vale para novos imigrantes como também para cidadãos já naturalizados.

O departamento publicou uma nova regra no âmbito da Lei de Privacidade de 1974 no Federal Register na semana passada, detalhando como pretende expandir a informação que coleta dados para incluir identificadores de mídia social e históricos de pesquisa. Além disso, o DHS poderá checar também as conversas através das mídias sociais.

A medida deve entrar em vigor no dia 18 de outubro - o mesmo dia em que as restrições de imigração pronunciadas no domingo pelo presidente Donald Trump sobre cidadãos de oito países entram em vigor.

A mudança nas regras não se limita a novos imigrantes, mas será aplicada também a todos os residentes permanentes e cidadãos naturalizados.

Grupos de privacidade e liberdade de expressão criticaram os planos do DHS para monitorar e coletar informações de mídia social sobre todos os imigrantes para os Estados Unidos.

Para o diretor político nacional da American Civil Liberties Union, Faiz Shakir, “a medida, sem dúvida, terá um efeito negativo sobre a liberdade de expressão realizada todos os dias nas redes sociais”, ponderou.

Também contra a medida, a organização sem fins lucrativos "Fight for the Future" dedicada a proteger a liberdade da internet, citou a cláusula inscrita no Estatuto da Liberdade em protesto contra a medida. Outros observadores de mídias sociais também questionaram os motivos por trás da mudança.

Segurança a ataques terroristas

A medida do DHS vem sendo pensada há anos pelo governo e se originou depois de ataques terroristas sofridos pelos Estados Unidos e que poderiam, talvez, ter sido evitados caso houvesse maior rigor nas checagens da imigração nos aeroportos, por exemplo.

Em 2015, Tashfeen Malik, foi um dos atiradores que mataram 14 pessoas em San Bernardino, na Califórnia. Ele nasceu no Paquistão e morou na Arábia Saudita antes de receber um green card condicional em julho de 2015.