DHS indica mudanças agressivas nas leis de imigração dos EUA

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_137803" align="alignleft" width="176"] O secretário de Segurança Interna, John F. Kelly. Foto: DHS divulgação.[/caption]

O secretário de Segurança Interna, John F. Kelly, falou neste domingo sobre as novas diretrizes nas políticas de imigração dos EUA, que aumentam os critérios para detenção e deportação de imigrantes indocumentados dentro do país e na fronteira, além de outros pontos.

Os planos do novo governo envolvem a contratação de cerca de 10 mil agentes de imigração para o U.S.Immigration and Customs Enforcement (ICE) e mais 5 mil agentes para a U.S. Customs and Border Protection; além de expansão de critérios de imigrantes priorizados para a remoção, adiantamento das audiências de deportação e aplicação da lei local para ajudar a realizar as prisões.

Segundo o secretário, houve um aumento de 10 a 15 mil apreensões adicionais por mês na fronteira sul dos EUA entre 2015 e 2016.

Na última semana, o Department of Homeland Security divulgou em comunicado oficial um balanço sobre as prisões de imigrantes. Segundo o órgão, 680 indivíduos foram presos nas cidades de Los Angeles, Chicago, Atlanta, San Antonio e New York City, dentre eles, 75% eram estrangeiros condenados por crimes de homicídios, abuso sexual de menores, crimes sexuais em geral, tráfico de drogas, DUI (dirigir sob efeito de bebidas alcoólicas e/ou drogas) e porte de armas.

Requerentes de asilo e entrada de menores desacompanhados

A nova orientação também torna mais difícil a procura de asilo nos EUA, expande a detenção de imigrantes indocumentados com problemas com a justiça e dá mais autoridade aos oficiais de imigração - o que pode aumentar o número de imigrantes indocumentados detidos.

Os novos procedimentos permitirão que as autoridades busquem para o processo de deportação qualquer pessoa que não possa provar que estava nos EUA continuamente por dois anos antes de ser apreendida e determinada a ser deportada.

A orientação sobre segurança nas fronteiras expande o recurso a processos de "expulsão acelerada" para imigrantes não autorizados, permitindo que sejam deportados mais rapidamente com um processo judicial limitado.

Outra nova disposição seria retornar imediatamente os imigrantes mexicanos que são apreendidos na fronteira de volta para casa, enquanto aguardam os resultados de suas audiências de deportação, em vez de abrigá-los em propriedades dos EUA, um esforço que economizaria espaço de detenção e outros recursos.

As diretrizes também visam impedir a chegada de uma onda crescente de 155 mil menores desacompanhados que vieram do México e da América Central nos últimos três anos.Sob as novas políticas, seus pais nos Estados Unidos poderiam ser processados por pagarem para trazer as crianças através da fronteira.

As mudanças não atingem o programa Deferred Action for Childhood Arrivals (DACA) que forneceu licenças de trabalho a mais de 750 mil imigrantes que vieram para o país ilegalmente quando crianças.

Os memorandos com as mudanças propostas estão sob revisão pelo escritório do conselho da Casa Branca e ainda não foram publicados oficialmente.

Com informações de The Washington Post e CNN.