Dia 1 de maio, 24 horas de paralisação nos EUA.

Por Gazeta Admininstrator

Imigrantes ilegais de toda parte dos EUA participaram ontem das manifestações em favor da legalização e contra um endurecimento nas leis de imigração.

Milhões de pessoas se ausentaram de seus postos de trabalho e das escolas. As manifestações também serviram para mostrar o quanto os imigrantes são importantes para a economia norte-americana. A paralisação, nomeada de “um dia sem imigrantes”, reuniu mais de meio milhão de pessoas na principais cidades dos EUA como Los Angeles, Nova York, Filadélfia e outros Estados do sul do país.

As passeatas ocorreram enquanto o Congresso discute novas propostas envolvendo os imigrantes no país. Uma delas, atualmente parada no Senado, facilita a legalização dos imigrantes. Porém outra endurecem as punições aos imigrantes ilegais e o controle nas fronteiras.

Cerca de 11,5 milhões de imigrantes ilegais vivem em solos norte-americanos, em sua grande maioria entram no país pelas fronteiras com o México. Os manifestantes pedem a legalização desses imigrantes.

Reação contrária

Algumas pessoas temem que os protestos podem gerar reação contrária. Alguns críticos afirmam que o constante aumento dos movimentos de imigrantes – cuja força foi mostrada em protestos nacionais no últimos 2 meses (abril/maio)– pode ser comparado com as manifestações realizadas pelos direitos civis dos anos 1960 e 1970.

Projeto

O boicote ocorreu em meio às divisões no Congresso norte-americano quanto ao projeto de reforma das leis de imigração. Deputados de direita acreditam que muita ênfase foi colocada nos planos para dar cidadania aos imigrantes ilegais, sem a atenção à aplicação das leis atuais. Atualmente, um projeto bipartidário no Senado prevê o aumento da segurança nas fronteiras, porém também abre a possibilidade de os imigrantes ilegais terem a cidadania e estabelece um programa de recepção de trabalhadores estrangeiros, idéia que é defendida por Bush.