Estados Unidos e Cuba deverão começar a se relacionar, oficialmente, até o fim de janeiro de 2015. A primeira reunião vai acontecer em Havana, segundo declarou a subsecretária de Estado para América Latina, Roberta Jacobson, à agência “AFP”.
Já estava previsto que as duas delegações se reunissem para tratar do tema imigração, entretanto, o encontro deve ter uma pauta mais ampla depois que os presidentes Barack Obama e Raul Castro, na última semana, demonstraram sua vontade de pôr fim ao embargo que já dura mais de 50 anos.
“O processo é relativamente simples, realmente, de uma perspectiva legal”, comentou.
Segundo Roberta, porém, “requer que os dois países alcancem um acordo sobre o processo” e que “se ponha um ponto final a um acordo de 53 anos com o governo da Suíça como poder protetor” dos Escritórios de Representação de Interesses de ambos os envolvidos, em Washington e em Havana.
De acordo com o presidente, a reaproximação será baseada nas seguintes medidas: o restabelecimento das relações diplomáticas, a simplificação do processo para viagens de americanos para território cubano, a autorização de vendas e exportações de bens e serviços para a ilha, a autorização para americanos importarem bens de Cuba e o início de novos esforços para melhorar o acesso dos cubanos a telecomunicação e internet. Sob as novas medidas, os EUA planejam reabrir sua embaixada em Cuba, fechada desde 1961.
Roberta Jacobson disse ainda que “de todas as medidas anunciadas pelo presidente, nenhuma entra em vigor imediatamente”.
Esse processo levará “semanas, não meses”, até que, segundo ela, as mudanças sejam publicadas no “Federal Register” (o Diário Oficial americano).