Diante da pandemia, Trump fala em suspender temporariamente imigração aos EUA

Por Gazeta News

O presidente Donald Trump anunciou na segunda-feira, 20, que vai assinar uma ordem executiva para suspender temporariamente a imigração para os EUA enquanto o país luta contra os efeitos econômicos e de saúde causada pela pandemia de coronavírus. Em mensagem publicada no Twitter, Trump disse que os EUA enfrentam um "inimigo invisível" e que o país precisa proteger os empregos — a taxa de desemprego entre norte-americanos explodiu no último mês por causa da pandemia. Cheques de auxílio pela COVID-19 nos EUA já começaram a ser enviados pelo correio "À luz do ataque do Inimigo Invisível e também pela necessidade de proteger os empregos dos nossos grandes cidadãos americanos, eu vou assinar uma ordem executiva para suspender temporariamente a imigração aos Estados Unidos", escreveu. Que partes serão afetadas? Até então, a Casa Branca não detalhou como essa suspensão funcionaria e por quanto tempo ficaria em vigor. As autoridades ainda estão trabalhando para redigir a ordem executiva, de acordo com um funcionário do governo à CNN, mas esperam concluí-la nos próximos dias para Trump assinar. Como é relacionado ao desemprego em taxas elevadas pela pandemia, o pedido de Trump pode ser para interromper temporariamente a emissão de novos green cards e vistos de trabalho - que já estão suspensos por causa da pandemia de coronavírus. As agências de imigração suspenderam temporariamente as entrevistas de vistos e as cerimônias de cidadania, bem como o programa de refugiados foi interrompido por causa da pandemia. Espera-se que o pedido inclua algumas isenções para trabalhadores rurais e prestadores de serviços de saúde, segundo o funcionário, mas também poderia isentar alguns outros trabalhadores considerados "essenciais". Califórnia vai dar auxílio financeiro a cerca de 150 mil imigrantes indocumentados As autoridades também estão avaliando expansão das restrições de viagem - que estão em vigor para a China e a Europa, disse a autoridade. Atualmente, os EUA são o país mais atingido pela pandemia do novo coronavírus. Nesta terça-feira, 21, o número de mortos ultrapassou os 42 mil e os casos confirmados ultrapassam 780 mil. Mais de 73 mil pessoas passaram pela doença e se recuperaram. Os dados são da Universidade Johns Hopkins. Em entrevista nesta segunda-feira, Trump voltou a defender as medidas de distanciamento social. Apesar de também pedir um retorno gradual às atividades, o presidente reconheceu a necessidade do respeito às orientações dos órgãos de saúde dos EUA.