Dilma continua sendo espionada pelos EUA, diz “NY Times”

Por Gazeta News

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A presidente Dilma Rousseff ainda pode estar sendo espionada pelos Estados Unidos, de acordo com uma reportagem do jornal “The New York Times”. A revelação acontece quase um ano e meio depois de a presidente ter cancelado uma viagem a Washington como retaliação à espionagem.

Segundo o jornal, a chanceler alemã Angela Merkel e outros líderes já teriam sido excluídos da lista de monitoramento. Mesmo assim, a presidente brasileira ainda continuaria sendo alvo da National Security Agency (NSA).

“Obama nunca disse quem, além de Merkel, ele tirou a lista de líderes estrangeiros cujas conversas são monitoradas, mas parece que os programas no México e Brasil continuaram, enquanto várias dezenas de líderes foram removidos”, diz o texto. Em setembro de 2013, uma reportagem do “Fantástico”, da Rede Globo, feita em parceria com o jornalista americano Glenn Greenwald revelou documentos que comprovavam que a presidente Dilma Rousseff e seus principais assessores haviam sido alvo de espionagem da NSA.

Os documentos foram entregues por Edward Snowden, ex-analista da agência de segurança americana que divulgou o sistema de espionagem americano no mundo. Naquela época, a revelação irritou a presidente brasileira que cancelou sua viagem aos EUA prevista para o mês seguinte e usou seu discurso na abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) para fazer duras críticas à espionagem global do governo americano. Dilma chegou a afirmar que não aceitaria tal desrespeito à soberania nacional brasileira.

No entanto, as relações entre Brasil e EUA pareciam ter entrado nos eixos com duas visitas recentes de Joe Biden, vice-presidente americano, ao país. A expectativa é que a presidente faça uma visita aos Estados Unidos ainda este ano.