Diretora Catherine Hardwicke fala sobre seu filme de ação "Miss Bala"

Por JANA NASCIMENTO NAGASE

Durante nossa entrevista pelo telefone, Catherine disse que Miss Bala é a "história de uma mulher que encontra sua força interior diante de obstáculos avassaladores." Ela também comentou que a atriz Gina Rodriguez foi a escolha perfeita para interpretar Gloria e que ela queria estar envolvida em todos os aspectos da produção do filme, incluindo fazer as suas próprias cenas de ação, sem dublê. “Gina é ótima. Ela realmente entendeu a essência dessa personagem. Ela carrega duas culturas distintas, a porto-riquenha e a da cidade de Chicago (Gina cresceu lá)”, acrescentou a diretora. Miss Bala foi filmado em Tijuana durante cinco meses. E, foi muito importante para Catherine realizar as filmagens por lá porque ela pode capturar a sensação de uma cidade na fronteira com os Estudos Unidos lutando contra a crise do cartel de drogas. "Tentei mostrar um outro lado do México; aquele não vemos muitas que tem muita vitalidade e energia. Mas também tem elementos perigosos", comentou Catherine. Mesmo com o lançamento em Blu-ray e DVD, Miss Bala continua em cartaz em algumas salas de cinema. O longa de ação já arrecadou mais de 15 milhões dólares de bilheterias até momento.  Um valor sólido para um filme menor, mas muito longe do sucesso de bilheteria Twilight que a colocou no topo da lista de diretores bem sucedidos. Mesmo assim, depois dos anos que se seguiram ao sucesso da franquia, ela se questionava o porquê de não estar mais recebendo convites para dirigir filmes. LEIA TAMBÉM: Cristina Rodlo conta como foi trabalhar com Gina Rodriguez em ‘Miss Bala’ [caption id="attachment_184481" align="alignright" width="300"] Os atores Anthony Mackie e Gina Rodriguez e a diretora no set de filmagens. (Cortesia: Sony Pictures/ Gregory Smith)[/caption] "Eu achei que poderia conseguir um acordo de mais três filmes e continuar trabalhando”. Mas, não foi bem isso que aconteceu. Ela não recebeu nenhuma proposta e nem a ofereciam os mesmos tipos projetos que os diretores homens recebiam. Com o passar do tempo, sua visão da situação mudou e a indústria ficou mais aberta e positiva as mulheres. "É empolgante que, finalmente, os holofotes estão voltados para o fato de que não há muitas mulheres e nem pessoas de cor dirigindo filmes", concluiu a diretora que cresceu na fronteira. "E, realmente, as pessoas parecem estar se importando e estão fazendo algum tipo de esforço para essa mudança." Os discos vêm com materiais extras que incluem: oito cenas nunca vistas antes e cenas alternativas, três segmentos com entrevistas, comentários da diretora, do produtor executivo Jamie Marshall e a produtora Shayda Frost, e muito mais.