Doença da vaca louca é confirmada no Alabama

Por Gazeta Admininstrator

O terceiro caso da doença da vaca louca nos EUA foi confirmado em uma fazenda no Alabama, segundo informou na segunda-feira (13) o Departamento de Agricultura.

O animal foi abatido na semana passada por um veterinário particular, e enteterrado na própria fazenda, ainda não identificada pelo departamento. “Este animal não entrou nas cadeiras alimentares humana ou animal”, disse o chefe de veterinária do departamento, John Clifford.

Segundo ele, a arcada dentária da vaca sugeria que ela teria mais de 10 anos de idade, tendo portanto nascido antes de 1997 quando foi banida a utilização de partes de animais como ração.

O Departamento de Agricultura tentará verificar o local de nascimento do animal e rastrear outros membros nascidos da mesma cria e que pertençam ao mesmo rebanho, uma vez que ele acredita que tais animais tenham recebido o mesmo tipo de alimentação.

A Associação de Consumidores disse que a descoberta de uma terceira vaca infectada “reforça a necessidade de que sejam tomadas precauções adicionais”. O grupo quer seja banida qualquer reutilização de restos de restaurantes para alimentação de animais e, também de restos de animais para utilização como ração.

Os dois casos anteriores foram encontrados em 2003 em Washington, em uma vaca leiteira nascida no Canadá. O caso gerou protestos porque o cérebro do animal só foi testado depois de uma demora de duas semanas, quando a carcaça já havia sido vendida como hamburger. O segundo caso foi confirmado em junho passado, em uma vaca nascida e criada no Texas. O animal foi incinerado, mas houve também reclamações porque os primeiros testes realizados foram ambíguos e o departamento esperou sete meses até realizar um teste de confirmação.

O medo da disseminação da doença da vaca louca no País tem crescido desde 2003 quando foi confirmado o primeiro caso. Naquela ocasião, o departamento foi fortemente criticado por assegurar constantemente que a carne consumida pelos americanos era segura, embora testasse apenas um em cada 10 mil animais abatidos.

Durante os últimos 18 meses, o Departamento de Agricultura testou 650 mil animais, o que representa um em cada 90, e encontrou três casos da doença. Nos Estados Unidos não há registro de contaminação da doença em humanos.

Na Europa, acredita-se que mais de um milhão de vacas infectadas foram consumidas, e mais quatro milhões teriam sido abatidas e incineradas ou enterradas.

Um número estimado de 150 casos da doença na forma humana foi diagnosticado até hoje. Até agora não há como testar animais vivos. Geralmente os testes são realizados em animais que apresentem sintomas como problemas para andar, sinais de alterações no sistema nervoso, emgrecimento exagerado, ou que morreram sem causa aparente.

Os Estados Unidos baniram a adição de restos de animais mortos na ração dos demais animais, já que acredita-se que esta seja a principal forma de contágio.