Dois casos de Zika Vírus são confirmados no condado de Miami-Dade

Por Gazeta News

aedes_dengue_zika

O Departamento de Saúde da Flórida confirmou três casos de Zika vírus no estado, dois deles em no condado de Miami-Dade. O terceiro caso foi confirmado no condado de Hillsborough. Nos casos de Miami, as pessoas contraíram o vírus em viagem à Colômbia e no caso de Hillsborough, em uma viagem à Venezuela. Todas as viagens ocorreram em dezembro.

No dia 15, o governo do Estado do Havaí divulgou o primeiro caso de microcefalia em um bebê nascido no Havaí. Mas de acordo com resultados de testes feitos pelos Centers for Disease Control dos EUA, o bebê recém-nascido foi infectado pelo vírus ainda na barriga da mãe.

A mulher, que deu à luz na ilha de Oahu, esteve no Brasil durante o mês de maio de 2015, quando as autoridades havaianas acreditam que ela tenha contraído zika nos primeiros meses de gravidez.

No entanto, o Departamento de Saúde afirmou que nem a mãe nem o bebê estão doentes no momento e que, por isso, não há risco o vírus se espalhar localmente.

O principal meio de transmissão do zika vírus é o mosquito Aedes aegypti – que precisa picar uma pessoa que está doente e carregá-lo para pessoas saudáveis. Especialistas afirmam, no entanto, que o vírus permanece ativo no organismo por cerca de 15 dias, enquanto dura a infecção.

Atualmente, há casos de zika registrados em Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Suriname, Venezuela e Porto Rico. Mas só o Brasil, até o momento, registrou casos de microcefalia.

A Polinésia Francesa, que teve um surto do vírus em 2013 e 2014, também investiga o aumento de ocorrências da má-formação em bebês.

EUA adverte que grávidas evitem viajar ao Brasil por causa de Zika vírus

Além do Brasil, a lista inclui todos os países da região que apresentaram contaminação.

Legenda: Desde maio do ano passado, o Brasil registrou 3,5 mil casos suspeitos de microcefalia em recém-nascidos. Foto: AP.

Na última semana, os Centers for Disease Control (CDC) emitiu um alerta para que mulheres grávidas evitem viajar a lugares afetados pelos vírus, enquanto é investigada a ligação dele com casos de microcefalia em recém-nascidos.

O vírus foi descoberto em tecidos de fetos e bebês recém-nascidos que nasceram com microcefalia. Desde maio do ano passado, o Brasil registrou 3,5 mil casos suspeitos da doença.

Além do Brasil, a lista inclui todos os países da região que apresentaram contaminação, casos de Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Porto Rico, Paraguai, Suriname e Venezuela. Essa seria a primeira vez que o CDC determinaria uma proibição a uma região em específico.

Um fator que ainda preocupa a agência é o impacto da decisão no turismo. Em período de férias, proibir as grávidas de viajar por toda a América Central e do Sul pode impactar o setor.

"Isso pode dizimar o turismo no Caribe", disse Peter J. Hotez, reitor da Escola Nacional de Medicina Tropical da Baylor College of Medicine ao New York Times. "Mas não podemos esperar nove meses para agir, quando defeitos congênitos começarem a aparecer nos partos e nas salas de cirurgia".

Segundo o jornal, a decisão sairia até o final dessa semana, mas nada foi oficialmente informado. Os EUA registraram no começo do mês um caso de paciente no Texas infectado com o Zika vírus, mas tratava-se de alguém que retornava de viagem.