Dólar acelera ritmo de alta

Por Gazeta Admininstrator

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o pregão viva-voz desta sexta-feira em alta de 0,94%, com o Índice Bovespa em 25.288 pontos. O volume financeiro às 16h45m era de R$ 748,2 milhões. O pregão eletrônico vai até as 17h. O dólar sobe 1,07%, sendo negociado por R$ 2,357 na compra e R$ 2,359 na venda. A valorização do dólar acompanha a tendência internacional da moeda, e também mostra um ajuste do mercado, após quatro dias seguidos de queda.

BLACK - As cotações do dólar paralelo fecharam estáveis em São Paulo e no Rio de Janeiro nesta sexta-feira de poucos negócios. Em São Paulo, o "black" terminou o dia a R$ 2,65 na compra e R$ 2,74 na venda. No Rio, a cotação ficou em R$ 2,42 na compra e R$ 2,60 na venda. O dólar turismo de São Paulo recuou 0,39%, a R$ 2,32 na compra e R$ 2,51 na venda.

RISCO - Com uma queda de 3,14%, o risco-país brasileiro marca 400 pontos centesimais, refletindo o bom desempenho dos títulos da dívida externa brasileira. A forte queda do risco ajuda a manter a Bovespa em alta, embora não impeça uma correção do dólar.

Entre as 55 ações do Ibovespa, as maiores altas são de Comgás PNA (+6,52%) e Caemi PN (+3,18%). As quedas mais significativas do índice são de Brasil Telecom Participações ON (-2,68%) e Embraer ON (-1,65%).

Um dos destaques desta sexta-feira foi a divulgação do superávit de US$ 4,031 bilhões da balança comercial em junho, que passa a acumular US$ 19,671 bilhões em 2005. O saldo contou com novo recorde de exportações, mesmo com o dólar em patamares baixos. Com a balança comercial superavitária e os juros da economia em alta, os analistas acreditam que não há perspectiva de alta expressiva do dólar no curto prazo.

- Ontem aconteceram fatos que poderiam ter impactado no humor dos agentes e determinado movimentos especulativos fortes. Mas a reação foi serena e demonstrou que a formação de preço do dólar está blindada pelos bons números macroeconômicos, como inflação em tendência de baixa, superávit fiscal acima de 5% etc. Mesmo com o BC querendo "operar" com novas declarações sobre a compra de dólares, predominou a tendência de apreciação do real - disse Sidnei Moura Nehme, diretor da corretora NGO.